O perigo de alguns trabalhos é uma realidade que muitas famílias conhecem, mas nunca querem enfrentar. Perder um ente querido em um acidente de trabalho é uma dor imensurável, deixando um vazio irreparável e sonhos interrompidos.
Foi o que aconteceu com Renato Pereira da Silva, de 28 anos, que morreu soterrado no seu primeiro dia de trabalho em uma obra na cidade de Cotia, na Grande São Paulo.
O acidente ocorreu por volta das 18h30, quando a laje recém-concretada de um prédio desabou. Segundo a Defesa Civil, o cimento ainda estava mole no momento do colapso, o que fez com que a estrutura cedesse sobre o operário.
Outras quatro pessoas também estavam no local, três delas sofreram ferimentos leves e foram socorridas pelo Samu. Um trabalhador conseguiu escapar ao se agarrar em cabos de ferro. Renato era natural do Piauí e morava no Rio Grande do Sul com a família.
Ele estava em Cotia visitando parentes e havia conseguido esse trabalho na construção civil na tentativa de se estabelecer em São Paulo. O corpo do operário ficou soterrado sob uma camada de concreto de aproximadamente um metro de profundidade.
Os bombeiros trabalharam por mais de sete horas para localizá-lo, enfrentando dificuldades devido à rápida solidificação do material. Apesar de a obra estar regularizada e ter autorização da prefeitura, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O dono do empreendimento foi identificado e será ouvido para prestar esclarecimentos sobre as condições da construção e as medidas de segurança adotadas. A morte de Renato expõe, mais uma vez, os riscos enfrentados por trabalhadores da construção civil no Brasil.
Acidentes desse tipo ainda são frequentes, muitas vezes causados por negligência, falhas estruturais ou falta de fiscalização adequada. A dor da família é irreparável, e o sonho de uma nova vida em São Paulo foi tragicamente interrompido antes mesmo de começar.