A Polícia Civil segue mobilizada para tentar trazer um esclarecimento a tragédia que cerca Yara Paulino da Silva, de 28 anos. A mulher foi linchada até a morte na última segunda-feira (24/03).
A revolta popular aconteceu depois de Yara ter sido acusada de matar a própria filha, um bebê de 3 meses. O caso aconteceu na cidade de Rio Branco, no estado do Acre, e tem ganhado repercussão.
Tudo começou quando moradores da região encontraram uma ossada, dentro de um saco de lixo, jogada em uma área de mata. Exames comprovaram que a ossada pertencia a um cachorro, mas não a tempo de salvar Yara.
Após o surgimento da ossada, começou a circular o boato de que a ossada seria da criança e que Yara teria matado a própria filha, e descartado o corpo. A polícia acredita que a mulher tenha sido linchada por membros de uma facção local.
A bebê foi chamada de Cristina Maria por Yara e o ex-marido, mas os dois nunca registraram a menina de forma oficial. Os dois tiveram problemas com a documentação.
O homem relatou à polícia que a menina estava desaparecida há cerca de 3 semanas. Yara, por sua vez, afirmou que suspeitava do ex-marido. Os dois, no entanto, não denunciaram o desaparecimento.
Yara era mãe de outras duas crianças, que testemunharam o linchamento e homicídio da mãe. As duas estão agora sob cuidados de uma tia, que precisou se instalar em um abrigo contra enchentes.
Agora, a polícia acredita que a menina Cristina Maria ainda pode estar viva. Não existem, ao que tudo indica, evidências de que a menina tenha sido morta. No entanto, existem possibilidades de que a bebê tenha sido entregue para ser criada por terceiros. O caso ainda esta sendo investigado.