O cantor e compositor maranhense Carlos Berg faleceu na noite da última quarta-feira (18), aos 47 anos, após não resistir às complicações neurológicas causadas por um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A confirmação da morte do querido artista, no auge da sua carreira, cerrou o véu do luto sobre a classe artística brasileira. O artista estava internado no Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís, desde a semana passada, lutando contra os efeitos do AVC.
Berg completou 26 anos de uma carreira marcada por diversas composições de sucesso e colaborações com outros artistas maranhenses renomados, como Célia Leite, Gerude e Ronald Pinheiro.
Entre suas músicas mais conhecidas, destacam-se “Assim Seja”, “Down”, “Pintura”, “Pra Sempre”, “Eu e tu, tu e eu”, “Luz do Alto”, “Dia de Yansã” e “Punhais”, faixas que foram incluídas em seu primeiro CD e se tornaram populares nas rádios do Maranhão e de outros estados do Nordeste.
Carlos Berg também teve a oportunidade de abrir shows para grandes nomes da música nacional e internacional, como Ana Carolina, Geraldo Azevedo, Biquini Cavadão, Djavan, Seu Jorge e Kid Abelha, consolidando sua presença no cenário musical com grandes públicos.
Carlos Lindemberg Silva de Miranda, seu nome de batismo, deixa enlutados sua esposa, Luana Soraya Miranda, e dois filhos, Bruna Miranda e Adryan Batalha.
O legado musical de Carlos Berg continuará vivo através de suas composições, que marcaram profundamente o cenário cultural maranhense e nordestino. Carlos Berg iniciou sua trajetória musical ainda jovem, influenciado pelo avô, José Ribamar Silva, de 98 anos, que lhe ensinou os primeiros acordes no violão.
Essa conexão com a música foi fortalecida pela mãe, Rosa Amélia de Jesus Silva de Miranda (in memoriam), uma professora apaixonada por MPB e samba, com uma vasta coleção de LPs de artistas nacionais e internacionais.
Essas influências familiares foram cruciais para a formação artística de Berg, que cresceu imerso na música e nas composições, desenvolvendo suas habilidades ao longo de quase 30 anos de carreira.
O cantor sempre fez questão de destacar o papel fundamental do avô e da mãe em sua jornada musical, reconhecendo-os como inspirações primordiais para seu trabalho. Além de sua dedicação à música, Berg também nutria um forte interesse pela poesia, algo que integrou em seus shows.
Em sua apresentação “Pintura”, que comemorou seus 15 anos de carreira em 2013, ele uniu música e poesia, incluindo intervenções poéticas feitas por atores entre as músicas, uma escolha artística que foi amplamente elogiada por artistas locais de diversas áreas.
Carlos Berg, com sua sensibilidade musical e poética, deixou uma marca profunda na cena cultural de São Luís, sempre reverenciando suas raízes familiares e sua paixão pelo violão, a poesia e a arte.