Imenso furacão do universo está ativo a mais de 300 anos

Você sabia que há um furacão em um dos planetas de nosso sistema solar que está ativo a mais de 300 anos? Sim, um furacão gigante com o diâmetro de um planeta Terra está girando e em atividade desde que há os primeiros relatos de sua observação.

Ele está localizado em Júpiter. Nesta última semana a agência espacial americana, NASA, divulgou uma imagem recente deste planeta, que está entre os gigantes gasosos do nosso Sistema Solar.

Todos os anos desde 2014 a Nasa vem divulgando imagens através de um programa que é conhecido como “O legado dos Planetas Exteriores”. Ele for criado para monitorar o funcionamento da atmosfera de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, com fotos anuais.

O furacão de Júpiter

Até pouco tempo atrás não era possível saber o que significava uma mancha vermelha do planeta gasoso, mesmo com imagens de centenas de anos atrás. Porém recentemente graças a qualidade das imagens destes planetas, foi possível definir que a Mancha Vermelha de Júpiter é na verdade um furacão gigantesco, do tamanho da Terra, que está ativo a muito tempo.

O furacão já conta com mais de 300 anos apenas em relatos, porém estudiosos acreditam que ele está em atividade a muito mais tempo. O ponto é que ele vem encolhendo ao longo dos últimos anos. A algumas décadas acreditava-se que o seu tamanho era o suficiente para caber dois ou três planetas Terra, hoje o diâmetro apesar de ainda ser gigantesco, cabe apenas uma.

A primeira descrição de uma mancha “vermelha” no planeta que se tem relato histórico ocorreu em 1664, por Robert Hooke. No ano seguinte, o astrônomo italiano Giovanni Cassini, descreveu a mancha no hemisfério sul do planeta, reafirmando o relato sobre a “mancha”.

Furacão Mancha Vermelha de Júpiter

Mas as imagens mais nítidas dos últimos anos concluíram que o furacão inicia o seu vórtice na alta atmosfera e continua nas camadas inferiores das nuvens de Júpiter, onde cada camada conta com uma temperatura diferente e composições químicas que ainda não puderam ser exploradas.

A ponta final ou toda o “comprimento” do furacão deve ter ao menos 1.200 quilômetros segundo estudiosos. A medição não é precisa pois ainda é impossível observar abaixo das nuvens, mas o tamanho assim como tudo no planeta é algo de proporções enormes.

Impacto de asteroide na Terra, Nasa já se prepara!

Todos os anos desde 1830 esta “mancha” vem sendo monitorada por astrônomos. Os relatos concluem que ano após ano ela vem diminuindo em grandes proporções.

Mesmo diante das excelentes imagens do telescópio Hubble, não é possível conhecer o que vem causando a perda de energia do furacão. Outro apoio de exploração sobre o planeta é a sonda Juno, que atualmente está estudando o comportamento da atmosfera através da medição de temperatura.

A sonda é equipada com instrumentos que emitem micro-ondas e podem fazer medições com no máximo 10 quilômetros de profundidade, algo minúsculo diante de um planeta tão enorme.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.