PM apreende armas no Serrotão

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Agentes da Polícia Militar e da Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande (Máxima), no Serrotão, em Campina Grande, apreenderam várias de armas de fabricação caseira e diversos aparelhos de celular durante uma operação pente fino realizada na manhã de ontem, no presídio. A ação foi planejada depois de um motim ocorrido no último domingo que deixou cinco presos feridos. Na rebelião, os presos atearam fogo nas celas e declaram morte aos estupradores detidos.

Segundo a direção do presídio, o que causou o motim foi a insatisfação dos presos com as constantes revistas da polícia. Eles querem o relaxamento da fiscalização para facilitar a entrada de droga e de telefones celular, visando a comunicação e o controle do tráfico de dentro da unidade prisional, de acordo com o diretor Marcone Cordeiro Rocha e o adjunto Carlos Eguiberto, responsáveis pelo controle de 410 detentos na unidade.

As armas fabricadas de pontas de ferro são feitas a partir de peças retiradas de portões e aproveitamento de talheres. Segundo o diretor, a exigência maior dos presos não é por drogas, mas por telefone celular para se comunicarem com o tráfico. O procedimento não está sendo permitido e por isso a revolta está acontecendo.

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Na manhã de ontem o juiz Fernando Brasilino proibiu a visita dos parentes aos presidiários para manter a calma no local. Ele também não permitiu a entrada de alimentos, exceto refrigerante e biscoitos, devidamente lacrados. Muitas pessoas se aglomeraram na manhã de ontem em frente à penitenciária para saber notícias sobre seus parentes, mas não conseguiram.

Os detentos feridos foram: Jorge Maracajá, Ismael de Sousa, Sandro Brasil Vieira, João Barbosa de Lima e Alisson Ferreira Araújo. O juiz da Vara de Execuções Penais, em Campina Grande, Fernando Brasilino Leite, disse que uma investigação está sendo concluída para se conhecer os líderes do início de rebelião, os quais serão transferidos para os presídio de João Pessoa.

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Mulher bomba

A direção acredita ainda que a revolta dos presos se acentuou depois da identificação de um novo esquema de entrada de celulares na unidade, chamado “mulher bomba”, que consiste em esconder o objeto dentro das partes íntimas com um tampão de algodão.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.