Farmácias de manipulação entram na justiça contra WhatsApp

Cerca de 560 contas de farmácias de manipulação no Brasil tiveram a sua conta suspensa do WhatsApp. A justificativa segundo a empresa é que em suas políticas comerciais, qualquer tipo de transação que envolva drogas e remédios sob prescrição médica, são proibidos na plataforma.

Como o WhatsApp Business é um importante recurso de venda e trabalho de marketing nos dias atuais, a solução foi entrar na Justiça tentando reverter o bloqueio. A responsável por mover uma ação legal foi a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag).

Segundo a Anfarmag, todos os perfis eram usados para contactar clientes, tirando dúvidas e informando sobre prazos, entregas e valores.

Venezuela não foi a responsável por derramar óleo no Nordeste.

Restabelecimento das contas

O pedido liminar da Anfarmag foi destinado a restabelecer as contas de todas as contas que foram bloqueadas. O número de 560 é apenas para algumas delas e o intuito é justamente que o caso não atinja a todas as farmácias de manipulação do país que usam o WhatsApp.

A associação informou que o número de bloqueios aumentou muito na última semana de outubro, onde pequenos e grandes grupos passaram a exibir avisos que haviam violado os termos de uso. Segundo eles não houve um motivo claro sobre os bloqueios, mesmo diante das políticas comerciais.

A legislação brasileira permite que produtos manipulados possam ser vendidos com receita digital e isso seria um bom motivo para não haver o bloqueio dos grupos.

Ferramenta de comunicação

As farmácias de manipulação utilizam o WhatsApp como uma importante ferramenta de comunicação com o cliente. Através das receitas digitais é possível solicitar o pedido, obter informações de atendimento e todas as orientações necessárias sobre cada caso.

A representante até tentou contato com o Facebook, empresa responsável pelo aplicativo, mas não houve uma resposta conivente, havendo a necessidade do contato judicial.

 

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.