Centro de Zoonoses sacrificou 657 cães em apenas três meses

Um total de 657 cachorros foram sacrificados nos últimos três meses, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão público ligado diretamente à Secretaria Municipal de Saúde. Os cães tiveram que ser mortos por estarem contaminados com doenças como a leishmaniose, raiva e a leptospirose. De acordo com o chefe do Serviço de Controle e Vacinação do CCZ, veterinário Felipe Sobral, estas doenças podem ser transmitidas dos animais para o ser humano. Quando os bichos estão em com estágio avançado da doença, precisam passar pelo processo de eutanásia. “As doenças parasitárias acometem tanto filhotes quanto adultos, e merecem destaque na questão da saúde pública, pois o manejo correto e a higiene dos animais são fundamentais para a saúde humana”, afirmou o veterinário. O processo é feito através de uma injeção de uma medicação veterinária, e o óbito do animal ocorre entre 1 a 2 segundos após a aplicação. “A medicação age instantaneamente, e eles não sentem dor nem qualquer tipo de maltrato”, diz.

A carrocinha do Centro de Zoonoses recolheu 661 cães no período de outubro a dezembro do ano passado, sendo 164 através de solicitações da população. Os cães que não possuem doenças ou que não ofereçam qualquer risco para a saúde humana permanecem no canil do órgão, aguardando a adoção. Felipe Sobral explica que não existe um período máximo de permanência destes animais no canil municipal. “O fluxo de saída destes animais é muito rápido. A maioria deles chega a passar entre 15 e 30 dias no canil. Fornecemos toda a estrutura necessária para acolher estes cães, que passam por um processo de higienização e ficam sobre nossos cuidados até que alguém se interesse e venha adotá-los”, explica Felipe Sobral. No último trimestre, 182 cachorros foram adotados por pessoas que procuraram o serviço. “O tempo máximo que um cachorro ficou sobre nossos cuidados foi de aproximadamente dois meses. Quando achamos que ele não seria adotado, apareceu um voluntário para cuidar dele”, diz.

Adoção

O processo de adoção é simples e rápido. O interessado (que deve ser maior de 18 anos) vai até o canil do Centro de Controle de Zoonoses, no Jardim Cidade Universitária, e escolhe o animal. Logo depois, é preenchido um termo de compromisso, no qual o responsável se compromete a cuidar do cachorro, incluindo a questão das vacinações. “No momento, como o Ministério da Saúde suspendeu a vacina contra raiva em todo o Brasil, não estamos entregando os animais já vacinados. O responsável deverá levá-lo a uma clínica veterinária para providenciar as vacinas”, ressalta Felipe Sobral. O CCZ possui o telefone 3218-9357 para quaisquer dúvidas sobre o processo de adoção, além de receber denúncias ou solicitar palestras educativas em escolas e associações comunitárias.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.