A secretaria de saúde do Pará investiga uma suspeita de poliomielite, a “paralisia infantil”, em uma criança de 3 anos. Se for confirmado, esse será o primeiro caso dentro de 33 anos, quando o último registro foi feito pelas autoridades em saúde.
A poliomielite foi declarada erradicada do país em 1989, após uma grande campanha de vacinação. O caso suspeito esta sendo investigado no Pará, em uma criança de 3 anos que deu entrada na emergência com quadro de febre, dor de cabeça, dores musculares e redução dos movimentos das pernas.
A criança passou por exames e o vírus da poliomielite foi identificado nas fezes da paciente. O menino mora com a família no município de Santo Antônio do Tauá e, segundo dados das autoridades em saúde, estava com a carteira de vacinação desatualizada.
Ainda segundo as informações, a criança começou a manifestar sintomas no dia 21 de agosto. Um dia antes, o menino havia recebido a tríplice viral e a VOP, como se chama a vacina oral poliomielite. A mãe da criança procurou atendimento, dias depois, em 12 de setembro, quando o menino passou a não conseguir mais ficar em pé.
As autoridades apontam que, antes da VOP, a criança deve receber a VIP (vacina inativada poliomielite), conforme determina o Ministério da Saúde. O menino, no entanto, não havia recebido a primeira vacina. Em 2016, foi decidido que as crianças devem receber a VIP (vacina inativada poliomielite) em três doses nos primeiros 12 meses de vida e, depois, a VOP como reforço.
O diagnóstico do menino ainda não foi fechado e existem outras suspeitas, como a síndrome de Guillain-Barré.