O presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, recebeu as credenciais diplomáticas da enviada do líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, ao Brasil. Em outras palavras, Bolsonaro reconheceu formalmente a enviada da oposição venezuelana ao Brasil.
Leia também:
- Maisie Williams compartilha opinião POLÊMICA sobre scripts;
- Cidade do interior da China já sente os impactos da guerra comercial China x EUA em 2019;
- Vera Farmiga e Kyle Chandler escolhem sua versão favorita dos monstros de Godzilla;
- Série Divórcio do canal de TV a cabo HBO ganha trailer e data de estreia da 3ª temporada.
Bolsonaro reconheceu formalmente a enviada da oposição venezuelana ao Brasil
A embaixadora Maria Teresa Belandria, enviada da oposição venezuelana ao Brasil, disse na sexta-feira que o governo brasileiro retirou seu convite para apresentar suas credenciais no palácio presidencial. Mas sua porta-voz disse à Reuters na terça-feira que o governo mudou de idéia.
O porta-voz de Bolsonaro, general Otavio Rego Barros, disse que o Brasil está adotando a postura de outros membros do chamado Grupo de Lima de países que apoiam Guaido e a realização de eleições democráticas na Venezuela. Por essa razão ele reconheceu a enviada da oposição venezuelana ao Brasil.
Belandria, no entanto, não será capaz de se mudar para a embaixada venezuelana em Brasília porque ainda está ocupada por diplomatas representando o presidente esquerdista da Venezuela, Nicolas Maduro, e eles não serão expulsos do Brasil, disse Rego Barros.
A análise diplomática
Analistas diplomáticos disseram na semana passada que a ala militar do governo de Bolsonaro estava relutante em reconhecer a enviada da oposição venezuelana ao Brasil porque as autoridades não vêem uma mudança iminente de governo na Venezuela.
O pedido de Guaido às forças armadas venezuelanas para abandonar Maduro e se juntar ao movimento de oposição foi amplamente ignorado no mês passado, levando muitos a pensar que ele havia exagerado em suas mãos com o apoio do governo dos EUA.
Bolsonaro, como muitos líderes na região, tem sido fortemente crítico de Maduro e reconheceu Guaido como o líder legítimo do país.
Ex-oficiais militares, que compõem cerca de um terço do gabinete de Bolsonaro, têm sido cautelosos em provocar Maduro, alertando contra medidas que podem levar a uma crise econômica e política à violência em toda a fronteira norte do Brasil.
O principal assessor de segurança de Bolsonaro, o general aposentado Augusto Heleno, disse à Reuters no início deste mês que as forças armadas da Venezuela decidirão o futuro de Maduro e poderão destituí-lo para liderar a transição para eleições democráticas.