Identificadas vítimas fatais na queda de ponte entre TO e MA; algumas eram da mesma família

Alguhs corpos ainda estão sendo recuperados.

A busca por vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira continua intensamente após nove dias da tragédia que abalou as comunidades do Maranhão e Tocantins. De acordo com o mais recente boletim divulgado pela Marinha do Brasil, o desastre já contabiliza onze vítimas fatais, enquanto seis pessoas permanecem desaparecidas.

As equipes de resgate enfrentam um desafio adicional neste momento, concentrando seus esforços na recuperação de dois corpos que permanecem presos em veículos submersos nas águas do rio Tocantins. Um dos corpos encontra-se em um caminhão e outro em um automóvel, ambos ainda aguardando identificação.

Quem são as vítimas fatais?

Entre as vítimas fatais estava a jovem Lorena Ribeiro Rodrigues, moradora de Aguiarnópolis (TO), que deixou dois filhos pequenos órfãos. Com apenas 25 anos, Lorena vivia em uma fazenda com seus pais e estava atravessando a ponte em sua motocicleta quando a estrutura cedeu, em um momento que transformou uma simples viagem em uma tragédia irreparável.

Uma das histórias mais comoventes envolve três gerações de uma mesma família: Anízio Padilha Soares, 43 anos, sua esposa Silvana dos Santos Rocha, 53 anos, e a neta Lorranny Sidrone de Jesus, de apenas 11 anos. O trio viajava em um caminhão carregado de portas de MDF, partindo do Pará com destino a São Paulo, quando foram surpreendidos pelo colapso da estrutura.

O acidente também vitimou o caminhoneiro Kecio Francisco dos Santos Lopes, 42 anos, natural de Demerval Lobão (PI). Profissional experiente e dedicado à família, Kecio conduzia um carregamento de defensivos agrícolas quando sua vida foi interrompida no desastre, deixando esposa e uma filha.

A tragédia não poupou Andreia Maria de Sousa, 45 anos, motorista de uma carreta que transportava ácido sulfúrico. Em um cruel golpe do destino, seu marido, também caminhoneiro, havia se encontrado com ela na estrada apenas algumas horas antes do desabamento, sem imaginar que seria seu último encontro.

O casal Elisangela Santos das Chagas, 50 anos, e o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD), 57 anos, teve sua história de amor de três décadas encerrada tragicamente. Recém-casados oficialmente, ambos perderam suas vidas quando sua caminhonete foi engolida pelas águas do rio Tocantins durante o desabamento.

Rosimarina da Silva Carvalho, 48 anos, moradora de Aguiarnópolis, representava milhares de brasileiros que fazem trajetos diários para o trabalho. Sua rotina de atravessar a ponte para trabalhar em Estreito (MA) terminou de maneira trágica, com seu corpo sendo encontrado a 16 quilômetros do local do acidente.

A busca continua por oito pessoas ainda desaparecidas: Beroaldo dos Santos, Alessandra do Socorro Ribeiro, Salmon Alves Santos, Felipe Giuvannucci Ribeiro, Cássia de Sousa Tavares, Cecília Tavares Rodrigues, Marçon Gley Ferreira e Gessimar Ferreira. As equipes de resgate mantêm os esforços para localizar estas pessoas, enquanto famílias aguardam notícias com esperança cada vez menor.

Em meio à tragédia, uma história de sobrevivência emergiu: Jairo Silva Rodrigues, de 36 anos, único sobrevivente do desastre, foi resgatado com vida no mesmo dia do incidente. Sua jornada de recuperação iniciou-se no Hospital Municipal de Estreito, sendo posteriormente transferido para uma unidade médica em Imperatriz.

O colapso da estrutura, localizada na BR-226, ocorreu na tarde do dia 22 de dezembro, interrompendo abruptamente a importante ligação entre as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins. O impacto desta tragédia afetou não apenas as famílias das vítimas, mas toda a dinâmica de transporte regional.

Das onze vítimas fatais confirmadas até o momento, nove corpos já foram recuperados através dos esforços incansáveis das equipes da Marinha. Cada resgate representa não apenas um número nas estatísticas, mas uma história interrompida e uma família em luto.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes iniciou investigações preliminares que apontam o colapso do vão central como causa imediata do desabamento. No entanto, as circunstâncias exatas que levaram a esta falha estrutural ainda estão sob investigação detalhada.

As operações de busca e resgate mobilizam diversos órgãos e equipes especializadas, demonstrando um esforço conjunto para dar respostas às famílias que ainda aguardam notícias de seus entes queridos. A complexidade das buscas subaquáticas adiciona um desafio extra aos trabalhos de recuperação.

O impacto desta tragédia vai além das perdas humanas imediatas, afetando também a infraestrutura de transporte entre os dois estados. A ponte representava uma importante via de conexão regional, e sua perda tem consequências significativas para o comércio e a mobilidade local.

As autoridades continuam empenhadas não apenas nas buscas e investigações, mas também na busca por soluções que possam restabelecer a conexão entre as duas cidades. Enquanto isso, famílias e comunidades locais seguem unidas na esperança de encontrar respostas e closure para esta tragédia que marcará para sempre a história da região.

Escrito por

Aurilane Alves

Colunista dedicada principalmente a assuntos como atualidades do mundo inteiro, fofocas das celebridades, curiosidades e etc.