O aumento alarmante de casos de violência doméstica que evoluem para crimes graves é um reflexo perturbador da ineficácia das medidas de proteção. A tragédia que envolveu Edinéia Telles e seus dois filhos pequenos em Santa Catarina é um exemplo doloroso desse cenário.
Um mês antes do crime bárbaro contra Edinéia e seus dois filhos ela tomou uma medida drástica contra o companheiro. Mas infelizmente, mesmo após solicitar uma medida protetiva, Edinéia foi brutalmente assassinada junto com seus filhos, de apenas 2 e 4 anos, cujos corpos foram encontrados carbonizados dentro de um carro em uma ribanceira.
A medida protetiva, solicitada apenas um mês antes do crime, não foi suficiente para impedir o trágico desfecho. Edinéia havia registrado um boletim de ocorrência após ser ameaçada pelo ex-companheiro, Gilson Haskel, que tinha um histórico de violência e passagens pela polícia por ameaça e lesão corporal.
No entanto, a proteção concedida pela justiça se restringia a ela e não incluía seus filhos, uma falha que se mostrou fatal. Gilson Haskel foi preso enquanto comia em uma lanchonete no Paraná, onde confessou os crimes. Segundo ele, o crime foi motivado por dívidas e pelo desejo de Edinéia de se divorciar.
A polícia segue investigando o caso para confirmar todos os detalhes, mas o que fica evidente é a terrível consequência da violência doméstica que, mais uma vez, resultou em uma tragédia irreversível.
Essa tragédia levanta questões urgentes sobre a eficácia das medidas protetivas e a necessidade de uma resposta mais rigorosa e abrangente para prevenir que histórias como a de Edinéia e seus filhos se repitam.