O município de Campina Grande, na Paraíba, foi condenado a indenizar uma família que enfrentou um momento trágico, e traumático, durante o parto, em 2009. Na ocasião, o parto foi forçado e a criança teve a cabeça decepada.
O caso aconteceu na Maternidade Instituto Saúde Elpídio de Almeida, naquele ano. Segundo dados do processo, o bebê se encontrava em posição invertida. Nesses casos, o parto normal é desencorajado geralmente.
Naquela ocasião, no entanto, o médico plantonista deu prosseguimento ao procedimento. Durante o procedimento, ao forçar o nascimento, a manobra causou a morte do bebê, que teve a cabeça decepada.
Ainda segundo o processo, o caso foi repleto de erros médicos. A mãe foi encaminhada à maternidade três dias antes do dia em questão, mas foi orientada a voltar para casa.
Apenas três dias depois, após outras tentativas, é que a equipe médica prosseguiu com a internação para o parto. Além disso, a mulher ainda precisou ser submetida a cesárea para que a cabeça da criança fosse removida de forma cirúrgica, já que ficou presa.
A família também não foi informada sobre os detalhes do procedimento. O pai só descobriu sobre o que havia acontecido quando foi buscar o corpo para que fosse realizado o velório.
Diante de todos os fatos, a Justiça condenou o município, responsável pela gestão da maternidade, a indenizar a família em R$200 mil. Na decisão, a Justiça reconhece que houve negligência médica. O município pode recorrer da decisão.