O Ministério Público do Paraná apresentou uma denúncia contra Suzana Dazar dos Santos pelo homicídio qualificado de sua enteada Isabelly Oliveira Assumpção, uma criança de apenas três anos que perdeu a vida em um trágico incidente envolvendo uma máquina de lavar em Cascavel.
O caso, que aconteceu em 7 de maio de 2022, ganhou novos desdobramentos após a denúncia ser recebida pela 1ª Vara Criminal de Cascavel. As investigações revelaram detalhes perturbadores sobre as circunstâncias que levaram à morte da pequena Isabelly.
Segundo a acusação, a madrasta teria arquitetado uma situação de risco ao posicionar a criança em um banco em frente à máquina de lavar, que estava cheia de água. Para tornar a cena ainda mais atrativa para a menina, brinquedos foram colocados dentro do eletrodoméstico.
A 17ª Promotoria de Justiça de Cascavel enfatizou em sua denúncia que Suzana estava plenamente consciente dos riscos que suas ações representavam para a segurança da criança. “Tinha plena consciência do risco ocasionado por suas condutas e assumiu o risco de ocasionar a queda da vítima no interior da máquina de lavar roupas e seu afogamento”.
O processo investigativo desvendou que as motivações por trás do crime estariam relacionadas a questões emocionais complexas, envolvendo ciúmes e um forte sentimento de posse em relação ao pai da vítima, com quem a acusada mantinha um relacionamento.
A denúncia também aponta que a suspeita via na proximidade entre seu companheiro e a ex-esposa, mãe de Isabelly, uma ameaça ao seu relacionamento. Este sentimento teria alimentado uma crescente hostilidade em relação à criança.
As autoridades classificaram o crime como homicídio qualificado, baseando-se em três elementos agravantes: o motivo torpe, o uso de asfixia como método e o contexto de violência doméstica e familiar.
O caso expõe uma realidade preocupante sobre a violência contra crianças no ambiente familiar, onde pessoas que deveriam proteger acabam se tornando agentes de violência.
