João Doria, governador de São Paulo, disse nesta quarta-feira (26), que a CoronaVac, que é a vacina chinesa que está sendo testa contra a Covid-19, poderá ser disponibilizada no SUS até o próximo mês de dezembro.
Porém, para isso acontecer, será preciso constatar os resultados positivos nesta terceira etapa dos testes que estão sendo realizados e logo em seguida o medicamento ser aprovado pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O problema é que mesmo que tudo dê certo, nem todos os brasileiros poderão ser vacinados a partir de dezembro contra o coronavírus, já que não teria como garantir uma produção que atendesse a toda população.
Acredita-se que apenas 45 milhões de doses poderão ser disponibilizadas a princípio e mesmo assim porque seriam importadas da China. Sendo aprovada, a CoronaVac será produzida pelo Butantan, que hoje tem uma infraestrutura capaz de garantir a produção de 120 milhões de doses. Essa quantidade seria suficiente para vacinar 60 milhões de pessoas, já que a vacina deve ser aplicada em duas doses.
Para o Butantan conseguir duplicar sua produção de vacinas contra a Covid-19, precisaria de R$ 130 milhões, mas ainda não há informações de como conseguiria todo esse dinheiro. Jean Gorinchteyn, secretário estadual de saúde, se encontrou com o ministro interino da Saúde e solicitou um investimento no valor de R$ 1,9 bilhão para o Butantan ampliar sua produção de vacina.
Doria alegou que esse valor é o mesmo que foi concedido à Fiocruz para ampliar o desenvolvimento de uma vacina da AstraZeneca, que é uma parceria com a Universidade de Oxford.