Queimadas em SP fazem vítimas fatais, obrigam centenas de pessoas a deixarem suas casas e colocam 48 cidade em alerta máximo

Milhares de hectares já foram consumidos pelo fogo.

Uma onda de incêndios de proporções alarmantes tomou conta do interior de São Paulo, colocando 48 cidades em estado de alerta máximo para queimadas. Desde que o fogo começou na última sexta-feira (23), duas pessoas perderam a vida e mais de 800 tiveram que abandonar suas casas, segundo informações do governo estadual.

Com mais de 20 mil hectares já devastados e mais de 2.300 focos de incêndio registrados em apenas três dias, a situação se tornou crítica, exigindo ações coordenadas para o combate às chamas.

A baixa umidade do ar, os ventos fortes e as altas temperaturas agravaram ainda mais a situação, resultando em um agosto com o maior número de focos de incêndio da história de São Paulo desde 1998. Em resposta, o governo estadual criou um gabinete de crise para gerir os esforços de controle do fogo.

O governador Tarcísio de Freitas anunciou a prisão de duas pessoas suspeitas de envolvimento em incêndios criminosos, enquanto a Polícia Federal abriu investigações para apurar as causas das queimadas, incluindo a análise de imagens antigas para determinar a origem dos focos.

A cidade de Araraquara, uma das mais afetadas, viu um assentamento de 200 famílias ser tomado pelo pânico. O agricultor Bertolino Alves Neto descreveu o desespero de sua mãe ao ver o fogo se aproximar.

Em um outro relato, Hélio Barbosa, um pensionista, conseguiu resgatar uma égua em meio ao caos, demonstrando a tensão e o desespero que tomaram conta da população local.

A fumaça densa e persistente cobriu o céu de várias cidades, incluindo Ribeirão Preto, onde rajadas de vento de até 80 km/h propagaram o fogo rapidamente, atingindo residências.

A situação chegou a interromper eventos, como uma festa rave em Altinópolis, onde cerca de 500 pessoas precisaram de atendimento médico devido à inalação de fumaça.

A gravidade do cenário fez com que o presidente Lula retornasse a São Paulo para acompanhar de perto as medidas de combate aos incêndios, dedicando uma hora para ouvir explicações do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Além das ações emergenciais, as investigações federais buscam identificar as causas e os responsáveis pelas queimadas, em um esforço para prevenir futuros desastres.

A crise enfrentada pelo interior de São Paulo é um lembrete sombrio dos impactos devastadores das queimadas, que afetam não só o meio ambiente, mas também a saúde e a segurança das comunidades locais.

Escrito por

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.