A morte de Débora Michels, personal trainer de 30 anos, continua marcando profundamente a vida de seus familiares um ano após o crime ocorrido em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O irmão da vítima, Alex Rodrigo Michels, compartilha a angústia familiar diante da perda irreparável. Seu filho de cinco anos ainda fala com carinho da madrinha, recordando-a sempre que vê uma estrela no céu.
Alexsandro Alves Gunsch, de 48 anos, ex-companheiro de Débora, encontra-se preso preventivamente desde 28 de janeiro do ano passado, aguardando julgamento por feminicídio qualificado.
Crime teria ocorrido por ex-marido não se conformar com fim do relacionamento
A 1ª Vara Criminal de Montenegro já decidiu que o caso será submetido a júri popular, com acusações que incluem motivo torpe, meio cruel mediante asfixia e violência doméstica. Segundo a denúncia, o crime foi motivado pelo inconformismo de Gunsch com o término do relacionamento, demonstrando um sentimento de posse em relação à ex-companheira.
As investigações revelaram que o feminicídio ocorreu na residência do casal, por volta das 3h do dia 26 de janeiro, com Gunsch esganando Débora até que ela desfalecesse e posteriormente abandonando seu corpo em frente à casa dos pais.
O acusado confessou à polícia que os dois iniciaram uma discussão que evoluiu para agressões mútuas, alegando ter jogado a companheira contra um móvel e, ao perceber a ausência de sinais vitais, decidido deixá-la na calçada.
A família da personal trainer segue esperando a conclusão do processo judicial, com Alex Rodrigo enfatizando que o crime não atingiu apenas Débora, mas destruiu completamente a estrutura familiar.
A advogada de defesa, Daniela Schneider Couto, confirma que o processo ainda aguarda a produção e juntada das últimas provas antes da designação do júri, enquanto a família clama por justiça.