Presidente de Portugal admite pela primeira vez exploração de povos indígenas e africanos no Brasil: ‘reparação’

Declaração repercutiu internacionalmente.

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Pela primeira vez na história, o presidente de Portugal falou abertamente sobre os danos causados ao Brasil durante o período da colonização. Em declaração forte, Marcelo Rebelo também falou em trabalhar para buscar maneiras de reparação.

Na última terça-feira (23/04), Rebelo afirmou que o país “assume todas a responsabilidade” pelos crimes que foram cometidos durante a colonização. O presidente ainda reconheceu que criminosos permaneceram livres e bens nunca foram devolvidos.

“Temos de pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram roubados e não foram devolvidos”, afirmou o líder do governo do país.

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Ao longo do período das grandes navegações e das colonizações, vários países, principalmente europeus, cometeram seus crimes. Portugal é reconhecido pela história como aquele que mais incentivou a escravidão.

Apenas no Brasil, foram cerca de 350 anos de escravidão (1530-1888), com cerca de 6 milhões de africanos sendo trazidos ao país para trabalho escravocrata. Além disso, Portugal também colonizou outras nações e regiões, como Cabo Verde, Angola e Macau (China).

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Ainda antes do uso do tráfico negreiro, Portugal também promoveu o genocídio de diversos povos indígenas em território brasileiro. Os colonizadores forçavam o trabalho de indígenas e usava da violência como forma de manter os povos sob controle.

As declarações do presidente português, apesar de reconhecerem a história, também desagradaram políticos de oposição do país. Opositores acusaram Rebelo de “traição à pátria” por sua declaração.

Escrito por

Roberta R

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