Nesta quarta-Feira (22), a filha de 16 anos do defensor público, Adriano Leitinho, foi barrada na entrada de um Shopping Center no bairro do Coco, em Fortaleza, porque uma das seguranças a confundiu com uma pedinte. O Caso foi relatado pelo pai da vítima nas redes sociais, sendo apontado pelo mesmo como um ato de racismo contra sua filha, que é negra.
Segundo o relato da adolescente, a segurança disse que ela não podia ficar pedindo dinheiro no estabelecimento. A Jovem ainda relata que se mostrou confusa, não compreendendo a abordagem da funcionária, e até questionou se o lugar estava fechado, porém após uma resposta extremamente preconceituosa da segurança, a adolescente entendeu que estava tendo sua entrada obstruída do estabelecimento por conta de sua cor de pele.
O pai da jovem, levou o caso até a Delegacia da Defesa da Criança e do Adolescente e registrou a denúncia contra o corrido. O Defensor público disse que sua filha queria entrar na padaria do shopping para comer, eles haviam combinado de se encontrarem no local. Porém quando a garota estava entrando, a funcionária fez a abordagem barrando a entrada dela no shopping de forma preconceituosa.
A jovem teve que explicar para a segurança que era uma cliente e só assim conseguiu entrar. Após perceber o seu equivoco, a segurança pediu desculpas a adolescente. Mas o pai da jovem ao saber da situação não se conformou apenas com o pedido de desculpas, segundo ele, mesmo que sua filha fosse realmente uma pedinte o tipo de abordagem feita pela segurança se trata de uma discriminação. “A segurança tratou a minha filha como pedinte apenas por ser negra!” enfatiza o defensor público demonstrando sua insatisfação com ocorrido.
A gerente do Shopping, Lúcia Alves, entrou em contato com o pai da menina para pedir desculpas. A funcionária pediu demissão na quinta-feira (23), segundo informações da gerente, que ainda afirmou que nos 20 anos do estabelecimento, nunca havia acontecido algo semelhante e finalizou se desculpando mais uma vez pelo acorrido.