O desaparecimento de Otávio do Nascimento de Andrade, um jovem de 22 anos, terminou de forma trágica na terça-feira (20), quando seu corpo foi encontrado no Elevado do Joá, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Com marcas visíveis de espancamento e uma pancada na cabeça, o caso gerou suspeitas de que o jovem teria sido vítima de um crime motivado por homofobia. Otávio estava desaparecido desde a noite de domingo (18), quando foi visto pela última vez ao ser deixado por um amigo em um ponto de ônibus próximo à Rocinha.
O jovem pretendia pegar uma condução para retornar à Muzema, na Zona Oeste, onde morava com a família. No entanto, ao perceber a demora em sua chegada, familiares e amigos iniciaram uma campanha nas redes sociais para localizá-lo.
Na segunda-feira, o irmão de Otávio registrou um boletim de ocorrência em uma delegacia da Polícia Civil, mas infelizmente, no dia seguinte, o desfecho foi trágico: o corpo do jovem foi identificado em um hospital para onde havia sido levado após ser encontrado por motoristas.
A família de Otávio afirma que ele não havia relatado nenhum tipo de ameaça ou perseguição antes de desaparecer. No entanto, a hipótese de crime motivado por homofobia ganhou força entre os familiares e amigos, especialmente após comentários em uma página no Instagram voltada ao público LGBTQIA+ indicarem essa possibilidade.
Um amigo próximo, que preferiu não se identificar, reforçou essa suspeita, sugerindo que o jovem pode ter sido alvo de um “ataque homofóbico sem precedentes”. A morte de Otávio levanta questões sobre a segurança da comunidade LGBTQIA+ no Brasil, país que ainda enfrenta altos índices de violência motivada por preconceito.
A tragédia evidencia a necessidade urgente de ações mais efetivas para combater a homofobia e proteger as vidas daqueles que ainda são alvos de ódio e intolerância.
A investigação do caso pela polícia será crucial para esclarecer as circunstâncias da morte de Otávio e, espera-se, para trazer justiça para a família e amigos que agora lidam com essa perda irreparável.