Quando uma tragédia de grandes proporções ocorre, seu impacto não se limita apenas às vítimas e familiares; ela desperta a atenção de todo o país, evidenciando problemas profundos que há muito permanecem negligenciados.
O recente acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, que tirou 22 vidas e deixou vários feridos, é um exemplo doloroso de como nossas rodovias frequentemente se tornam cenários de catástrofes evitáveis.
Na madrugada deste sábado, dia 21 de dezembro, a colisão entre um ônibus, uma carreta e um carro provocou uma verdadeira tragédia. O ônibus, que havia saído de São Paulo com destino a Vitória da Conquista (BA), colidiu violentamente às 3h30.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a força do impacto e a gravidade do acidente não só chocaram a região, mas também ressaltaram os perigos diários enfrentados por motoristas e passageiros nas estradas brasileiras.
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Esses acidentes trazem à tona questões como a má conservação das vias, o tráfego intenso de veículos pesados e, muitas vezes, a imprudência ao volante. Além disso, a fiscalização ineficaz e a falta de manutenção preventiva das estradas tornam viagens rotineiras em eventos de alto risco.
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No caso da BR-116, uma das rodovias mais movimentadas do país, a combinação de fatores como infraestrutura inadequada e o intenso fluxo de veículos é um convite ao desastre. Especialistas apontam que tragédias desse porte podem ser evitadas com investimentos em sinalização, duplicação de pistas e fiscalização rigorosa.
A questão é: quanto mais vidas serão perdidas antes que mudanças concretas sejam feitas? A BR-116, conhecida como “Rodovia da Morte” em diversos trechos, é apenas um retrato de uma crise maior que assola a malha rodoviária brasileira.
O acidente em Teófilo Otoni não deve ser apenas mais um número em uma estatística sombria, mas um ponto de inflexão para exigir ações efetivas de autoridades e gestores públicos.