Na madrugada desta quarta-feira (20), Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, estudante de medicina, foi morto com um tiro à queima-roupa durante uma abordagem policial na Zona Sul de São Paulo.
O incidente ocorreu na escadaria de um hotel, onde o jovem estava hospedado. A ação foi captada por uma câmera de segurança, gerando questionamentos sobre a conduta policial.
Segundo o boletim de ocorrência, os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, em patrulhamento, alegaram que o estudante bateu no retrovisor da viatura e fugiu.
Marco Aurélio teria corrido para o hotel, onde foi perseguido pelos agentes e alvejado mortalmente. No relato policial, foi descrito que ele estava “alterado e agressivo” e que teria tentado pegar a arma de um dos PMs.
As imagens de segurança mostram o estudante, sem camisa, entrando no saguão do hotel, seguido pelos policiais. Durante a confusão, Marco Aurélio foi chutado por um agente e, na sequência, baleado no peito por Guilherme Macedo.
Ele foi socorrido ao Hospital Ipiranga, onde passou por cirurgia após duas paradas cardiorrespiratórias, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo às 6h40.
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A abordagem gerou polêmica, pois as câmeras corporais dos policiais, que poderiam ter registrado o ocorrido com maior clareza, não foram acionadas. O caso foi registrado em uma delegacia da Polícia Civil como morte decorrente de intervenção policial e resistência.

A morte de Marco Aurélio traz novamente à tona discussões sobre a letalidade policial e a necessidade de transparência nas ações das forças de segurança, especialmente durante suas abordagens.
O uso das câmeras corporais, consideradas ferramentas importantes para monitorar e garantir a integridade das abordagens, será um dos pontos investigados neste caso, que já desperta indignação e pedidos de justiça por parte da sociedade e dos familiares do estudante.