História de quilombola amarrado e agredido por empresário no RN é marcado por racismo e miséria

NATAL – Até o século 19, os escravos recebiam castigos sendo agredidos com chicotes e devido a essas agressões formaram-se os quilombos para que pudessem fugir desta e outras violências.

NATAL – Até o século 19, os escravos recebiam castigos sendo agredidos com chicotes e devido a essas agressões formaram-se os quilombos para que pudessem fugir desta e outras violências. No 21, essa tortura voltou a ser usada no quilombola Francisco Luciano Simplício, de 23 anos de idade. O jovem negro, que tem dependência alcoólica relatou ao GLOBO, a forma que um dono de comércio de Portalegre, o amarrou e espancou.

 

As agressões foram gravadas e compartilha através das redes sociais. O comerciante identificado por Alberan de Freitas Epifânio foi detido, entretanto não continuou preso.

 

Luciano relata que tiraram sua blusa para que fossem realizadas as agressões, após ele ter tampado uma pedra na porta do estabelecimento do comerciante pois estavam lhe negando carne e bebida de um churrasco que o acusado estava realizando com seus amigos.

 

[ALERTA CENA FORTE]

 

No sábado, 11 de setembro, um quilombola morador de rua foi amarrado, arrastado e espancado por um eleitor do Bolsonaro.

 

É muito mais que um absurdo que agressões continuem acontecendo, ainda mais como política contra pessoas negras.

 

Alberan também já havia sido denunciado por ter sido racista em junho do ano passado. Ainda não existe uma sentença sobre o caso. Luciano conta que diversas pessoas pediam para que o comerciante parasse com as agressões, e ele ameaçava todos dizendo que se eles continuassem insistindo, iria soltar Luciano e amarrar outra pessoa.

 

O delegado que está a frente do caso, considera que Luciano foi torturado. Já o advogado do comerciante, relata que ele apenas agiu no calor da emoção momentânea depois de ter sido ameaçado por Luciano.

 

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Redator Seguindo News

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