A mexicana Paola Schietekat, de 27 anos conseguiu o emprego que sonhou sempre. Ela trabalhou como economista para o Supremo Comitê de Entrega e Legado, o responsável por organizar a Copa do Mundo deste ano no Catar. Mas essa experiência chegou ao fim no dia 6 de junho do ano passado, no momento em um homem invadiu seu apartamento que fica em Doha, no momento enquanto ela dormia e começou à agredi-la.
Ela foi abusada quando tinha apenas 16 anos, resolveu ir até às autoridades do Catar para fazer uma denúncia para que o que aconteceu com ela não se repetisse. A resposta do tribunal foi a liberação de seu abusador, sentenciando-lhe 100 chicotadas e 7 anos, detida por manter um “caso extraconjugal” com o abusador.
Um dia após o ataque, ela resolveu ir até uma delegacia acompanhada de Luis Ancona, cônsul mexicano no Catar. Eles possuíam um atestado médico e fotos das agressões. Algumas horas após ter realizado a denúncia, Paula recebeu uma ligação para comparecer à delegacia. Chegando no local, fizeram com que ela ficasse cara a cara com seu agressor, que defendeu-se contando que ele e Paula tinha uma relação amorosa.
O caso se virou totalmente contra ela, de vítima de estupro para culpada por ter um vaso extraconjugal. Paula que se converteu ao islamismo durante sua adolescência, a pena a ser paga é 100 chicotadas e 7 anos detidas. Ao retomar ao seu país, ela recebeu uma pasta a informando que seu agressor foi absorvido de todas as acusações.