Perfil do aluno de 14 anos que matou 3 colegas e tirou a própria vida é exposto

O ataque chcou o Brasil.

Uma tragédia abalou a pequena cidade de Heliópolis, localizada no sertão da Bahia, na última sexta-feira (18). No final do turno da tarde, um estudante de 14 anos, armado com um revólver, abriu fogo dentro da Escola Municipal D. Pedro I, matando três colegas de classe antes de tirar a própria vida.

O episódio chocante trouxe à tona discussões sobre a segurança escolar e o perfil dos jovens envolvidos em casos de violência extrema, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo.

Embora episódios semelhantes sejam frequentemente noticiados em países como os Estados Unidos, no Brasil, apesar de não serem inéditos, eles não são considerados comuns.

Cada vez que uma tragédia desse tipo ocorre, a perplexidade toma conta das autoridades e da sociedade, que buscam entender os motivos que levam um jovem a cometer tal ato. No caso específico da escola de Heliópolis, surgiram depoimentos distintos sobre a personalidade e o comportamento do jovem que efetuou os disparos.

A diretora da escola, Jinelma Maria dos Santos, que há mais de duas décadas trabalha na instituição, descreveu o atirador como um adolescente sociável e participativo.

Segundo ela, o aluno tinha bom desempenho acadêmico e era entusiasta de atividades culturais, como o teatro, tendo inclusive sugerido atividades escolares recentemente.

Ela afirmou que o jovem e as vítimas, identificadas como Jonathan Gama dos Santos, Adriele Vitória Silva Ferreira e Fernanda Sousa Gama, todos com 15 anos, mantinham uma relação amistosa.

O ataque ocorreu próximo ao final das aulas, sem qualquer indício de conflito prévio entre os envolvidos. A diretora relatou que, pouco antes dos tiros, o estudante aparentava estar calmo, tendo ido à cantina da escola para comprar um lanche.

Por outro lado, o professor de matemática José Magnoélio Silva, que estava afastado devido a uma licença, traçou um perfil distinto do atirador. Segundo ele, o adolescente não era conhecido por sua sociabilidade e não parecia manter uma relação próxima com as vítimas.

Embora descrevesse o jovem como um aluno disciplinado e educado, o professor destacou a dificuldade que ele tinha em expressar suas emoções, raramente esboçando sorrisos e mantendo uma postura reservada durante as aulas.

A tragédia em Heliópolis levanta questões complexas sobre o comportamento de jovens em ambientes escolares e os sinais que podem anteceder episódios de violência.

Enquanto especialistas e autoridades tentam entender o que levou a esse desfecho trágico, a comunidade local vive o luto pelas vidas perdidas e pela perplexidade de uma violência que parecia tão distante.

O caso reforça a importância de ações preventivas e de um olhar atento sobre o bem-estar emocional de estudantes, buscando evitar que episódios como esse se repitam.

Escrito por

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.