A violência doméstica fez mais uma vítima fatal em Porto Feliz (SP) na última sexta-feira (16), quando Daniela Martins da Silva, de 43 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro, Élcio Eduardo Machado, de 47 anos.
O crime chocante trouxe à tona um histórico preocupante de perseguição e ameaças, que já haviam sido denunciados por Daniela à polícia. Ela havia registrado um boletim de ocorrência no dia 20 de julho, relatando que vivia com medo constante de Élcio, a ponto de se trancar em casa e evitar sair sozinha.
“Ele fica passando em frente minha casa, esperando na esquina a van do meu trabalho, hoje no retorno do trabalho ele estava no meu portão entrei novamente na van e ele começou a perseguir a van. Fico trancada dentro de casa, não posso sair mais”, disse Daniela em seu triste depoimento aos agentes de segurança.
O relacionamento entre Daniela e Élcio havia terminado há cerca de dois meses, após quatro anos juntos. No entanto, a separação não foi o fim das ameaças. Daniela obteve uma medida protetiva contra o ex-companheiro, medida que, infelizmente, não foi suficiente para protegê-la.
A Polícia Civil confirmou a existência dessa medida protetiva e de um boletim de ocorrência anterior, em que Daniela relatou ter sido ameaçada por Élcio com uma arma de fogo.
Mesmo com essas denúncias, não havia registros de posse ou porte de arma de fogo em nome de Élcio até 20 de julho, o que levanta questões sobre a origem do revólver calibre 38 encontrado no local do crime.
Junto à arma, a polícia também encontrou uma máscara e um celular. A Polícia Civil de São Paulo informou que foram solicitados exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML) para a investigação do caso.
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O crime ocorreu no fim da tarde da última sexta-feira (16), e terminou de forma ainda mais trágica quando Élcio tirou a própria vida após assassinar a ex-companheira. Daniela, que era natural do Mato Grosso, foi sepultada no sábado (17) em uma cerimônia discreta no Cemitério Municipal de Porto Feliz.
O caso destaca a urgência de medidas mais eficazes para proteger vítimas de violência doméstica e a necessidade de uma resposta mais rápida e contundente das autoridades diante de denúncias de perseguição e ameaças.
