Pirâmide no Rio Grande do Sul cai e Polícia Federal deve prender 65 membros

Nesta quinta-feira (17/10) a Polícia Federal deflagrou uma operação onde o principal objetivo era prender membros de uma Pirâmide Financeira localizada no Rio Grande do Sul.

A instituição financeira ilegal fica localizada em São Leopoldo e é responsável por agir em cinco estados do Brasil, movimentando cerca de 40 milhões de reais todos os dias.

A Polícia Federal está cumprindo 10 mandados de prisão e outros 65 mandados de busca e apreensão contra os principais líderes nas cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Curitiba, Canoas, São Leopoldo, onde fica o centro das operações e também em Brasília, Palmas e Bragança Paulista.

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Prisões

Na manhã desta quinta-feira, até por volta das 9h, praticamente todos os principais suspeitos já estavam presos. Além das prisões a justiça está executando medidas para apreender veículos, valores em contas e o sequestro de bens dos “cabeças”.

Esquema pirâmide

O grupo do Rio Grande do Sul atua no mercado “paralelo”, sem qualquer autorização dos órgãos competentes. Estima-se que mais de um milhão de clientes na região fazem parte do esquema.

A pirâmide está sendo investigada pela Polícia Federal e também pela Receita Federal, desde o início deste ano de 2019.

A promessa de lucro fácil como em toda pirâmide era o que chamava a atenção de novos clientes. O grupo oferecia um retorno de 100% sobre o valor investido em no máximo seis meses. Enquanto a poupança oferece 0,4% ao ano, este esquema superava qualquer expectativa no melhor cenário econômico.

Nestes esquemas, quem entra depois acaba subsidiando o pagamento dos valores para os primeiros “investidores”. Toda pirâmide quebra após alguns meses, onde os últimos a investirem seus valores acabam perdendo tudo.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Esta financeira já havia sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na notificação ela precisava se abster das praticas não autorizadas no mercado nacional, porém o comunicado foi ignorado.

Depois da recusa, ela foi notificada através de uma ordem de parada das operações.

Então durante todo esse ano após a recusa de finalizar as operações, a Polícia Federal concluiu que além das práticas criminosas comum neste tipo de esquema, a empresa adquiria moedas virtuais do exterior e realizava a lavagem do dinheiro.

Todos os anos surgem dezenas de esquema pirâmide, a PF pede que a população fique atento nas promessas de lucro fácil. Muitos acabam vendendo casas e se envolvendo em dívidas para poder participar.

Escrito por

Wesley Silva

Jornalista pós-graduado em mídia e redes sociais e jornalismo com passagens pelo Portal R7, Jornal do Trem, Impacto Comunicação.