Para o portal de notícias G1, Majur contou que começou a descobrir que era transgênero aos 12 anos e aos 27 quando sua família fundou a Aldeia Apido Paru, ela começou a ajudar o pai nas decisões.
Durante a adolescência, as pessoas trans são convidadas a participar de reuniões, eventos e outros assuntos que envolvem a comunidade. De acordo com ela, os aborígenes sempre aceitaram sua transexualidade.
Há 18 anos, ele morou em uma área onde não havia Internet, telefone celular ou qualquer outra tecnologia para se conectar ao que acontecia ao seu redor.
No ano de 2017, Majur concluiu o ensino médio e fez os exames de fisioterapia e antropologia em Goiânia por quase dois anos, ao mesmo tempo em que foi aprovada no processo seletivo de agentes indígenas de saúde.
Repercussão na web
Nas redes sociais os internautas geraram um pequeno burburinho em relação a essa notícia.
“Os povos indígenas lidam muito bem com essas questões.É interessante saber que na era pré-colombiana havia 5 gêneros em algumas etnias, e isso não era definido como gêneros separados. Era um processo tão natural que não se dividia da normalidade ou naturalidade.”, comentou um internauta.
“Os índios são pessoas como a gente, chega de tratá-los como animais de zoológico, que só podem ser cuidados. Que mantenham suas tradições, mas que tenham direitos e deveres. Que possam trabalhar, cultivar suas terras e viverem legalmente de seu sustento, sem serem explorados por espertalhões, que, para eles, manterem os índios nessa sub vida é vantajoso, para que possam explorá-los. Trabalho, educação e tudo legalizado, terras inclusive…esse é o trabalho do nosso governo.”, comentou outra.