Quinze anos após um dos crimes mais chocantes do país, o caso da morte de Eliza Samúdio continua a provocar comoção e alimentar mistérios ainda não solucionados.
Em 2010, a jovem modelo foi assassinada em circunstâncias cruéis, envolvendo o então goleiro Bruno Fernandes, que na época vivia o auge de sua carreira no futebol brasileiro. Apesar das condenações e dos relatos confessos de envolvidos, o paradeiro do corpo de Eliza jamais foi esclarecido pelas autoridades.
Eliza Samúdio tinha 25 anos e era mãe de um filho com o jogador. Ela foi assassinada após um período conturbado de disputas judiciais e pessoais com o ex-companheiro.
Testemunhas apontaram que a causa da morte foi estrangulamento, e o corpo teria sido esquartejado. Especulações posteriores sugeriram ainda que restos mortais teriam sido oferecidos a cães, o que elevou ainda mais a brutalidade do crime.
Bruno foi condenado a 17 anos de prisão, enquanto Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como “Bola”, apontado como o executor do crime, recebeu uma pena de 22 anos.
No entanto, o caso voltou a repercutir após a divulgação, por meio de um canal espiritualista, de uma suposta carta psicografada atribuída ao espírito de Eliza.
A mensagem, segundo a médium, descreve em tom doloroso os últimos momentos da jovem. A suposta comunicação espiritual relataria dores intensas, dificuldades para respirar e a sensação de sufocamento até a morte.
Em seguida, a carta menciona a separação do espírito do corpo e a observação consciente do que teria acontecido após o assassinato. Detalhes como a presença de uma árvore próxima e um rio poluído teriam sido mencionados como cenário do ocultamento do corpo.
“Meu pescoço doía tanto, apertaram, até faltar oxigênio no meu corpo. Foi cruel, foi horroroso. Eu tentava pedir socorro, mas ninguém me ouviu. Mas, neste momento, meu espírito saiu imediatamente do corpo. Ficou perto de uma árvore de onde vi tudo o que fizeram comigo”, completou.
Apesar do tom dramático e das possíveis revelações contidas nessa carta, o conteúdo carece de validação oficial. Nenhuma nova pista concreta surgiu a partir dessas informações.
O corpo de Eliza Samúdio segue desaparecido, o que mantém o caso envolto em incertezas, mesmo com as condenações já estabelecidas. Casos como o de Eliza, que envolvem crimes bárbaros e a ausência de restos mortais, expõem as fragilidades do processo investigativo e deixam marcas profundas tanto para os familiares quanto para a opinião pública.
Mesmo após tantos anos, a busca por justiça plena e pela verdade ainda é um apelo latente de quem acompanhou a história. Este é um dos crimes mais emblemáticos do Brasil.