Mulher que morreu pelas mãos do próprio marido teve grande perda dois dias antes de morrer

Caso aconteceu em Lagoa da Prata no estado de Minas Gerais

Casos de violência doméstica que resultam em fatalidade chocam a sociedade e levantam a urgência de discutir medidas de proteção às vítimas. Infelizmente, essas tragédias não são incomuns, como ocorreu recentemente em Lagoa da Prata, Minas Gerais.

O feminicídio de Rute, uma mulher de 40 anos, trouxe à tona um cenário de brutalidade, após ser morta pelo próprio marido com um golpe de gravata. O caso tem agravantes: apenas dois dias antes do crime, Rute havia sofrido um aborto, e a polícia investiga se há ligação entre o aborto e o assassinato.

Segundo a Polícia Civil, o marido de Rute confessou o crime. Ele foi preso após abandonar o corpo da esposa em uma calçada e tentar fugir, mas acabou atolando o carro em uma estrada vicinal. Retornando a pé, foi capturado em um bar próximo ao local onde morava.

Rute e o agressor estavam juntos há mais de 20 anos e tinham quatro filhos, incluindo dois adolescentes. O delegado Ivan Lopes revelou que a pena por feminicídio pode chegar a 40 anos de prisão, com possível aumento em um terço por conta da existência de filhos adolescentes.

Ainda conforme as investigações, não havia registros de medidas protetivas contra o agressor, o que reforça a importância de identificar sinais de risco nas relações antes que a violência chegue ao extremo.

O feminicídio de Rute é mais um alerta sobre o ciclo de violência contra mulheres que, muitas vezes, termina em tragédias evitáveis. O corpo de Rute foi enterrado no domingo, 13 de outubro, e o caso segue sendo investigado, incluindo a possibilidade de que o aborto tenha sido provocado, adicionando uma nova camada de complexidade à investigação.

Escrito por

Paulo Machado

Colunista de portal de notícias dedicado a TV e Famosos, Curiosidades, Saúde Natural e Bem-estar, Finanças e Política Brasileira