Autoridades revelam como homem fez para sumir com corpo de adolescente grávida

O criminoso foi à julgamento.

A jovem estudante de medicina Arnima Hayat, de apenas 19 anos, tinha um futuro promissor pela frente quando sua vida foi brutalmente interrompida pelo próprio marido, Meraj Zafar.

Filha dedicada e aluna exemplar, ela foi aceita para cursar medicina na Western Sydney University, onde sonhava em se tornar cirurgiã. Seus pais, orgulhosos de sua conquista, nunca poderiam imaginar que a filha, antes cheia de vida, acabaria presa em um relacionamento abusivo e fatal.

Tudo começou quando Arnima conheceu Zafar, seu primeiro namorado, um jovem de 20 anos que logo despertou preocupações entre seus familiares. Desde o início, ele demonstrava um comportamento controlador, afastando-a de seus entes queridos e influenciando-a a adotar hábitos que não faziam parte de sua rotina, como o consumo de álcool.

Além disso, circulavam rumores sobre o envolvimento dele com drogas, o que gerava ainda mais inquietação entre aqueles que a amavam. Com o tempo, Arnima se tornou cada vez mais distante, especialmente depois que Zafar pediu sua mão em casamento.

Em outubro de 2021, o casal oficializou a união em uma cerimônia sem a presença de amigos ou familiares. A jovem, antes extrovertida e alegre, passou a se isolar, vivendo sob as regras impostas pelo marido.

Já casados, se mudaram para um apartamento em North Parramatta, Sydney, onde a relação se tornou ainda mais opressiva. Em janeiro de 2022, Arnima, que estava grávida, confidenciou a amigos que sofria abusos constantes, sendo submetida a agressões verbais e físicas.

Ela precisava da permissão do marido até para sair de casa e, em um episódio aterrorizante, chegou a ser estrangulada por ele até perder a consciência. No dia 29 de janeiro, em um momento de desespero, a jovem enviou uma mensagem a uma amiga revelando que queria deixar Zafar.

Sua última mensagem expressava o ódio que sentia pelo marido e o desejo de se livrar daquela situação. Apenas 45 minutos depois, sua vida foi tirada. Na manhã seguinte, a mãe de Zafar procurou a polícia, informando que seu filho havia mencionado uma briga com Arnima e estava incerto sobre se ela ainda estava viva.

Além disso, ele havia pesquisado preços de passagens para fugir do país. A polícia forçou a entrada no apartamento e se deparou com um cheiro químico intenso vindo do banheiro.

Foi lá que encontraram a banheira cheia de ácido clorídrico contendo um corpo severamente corroído, que só pôde ser identificado por meio de exames de DNA. Enquanto isso, Zafar já havia fugido em seu caminhão de trabalho. Seu rosto foi amplamente divulgado pelas autoridades, e em menos de 20 horas, ele se rendeu.

As investigações apontaram que, na manhã seguinte ao crime, ele comprou 20 litros de ácido clorídrico em uma loja de ferragens e, posteriormente, retornou para buscar outros 80 litros, evidenciando sua tentativa de destruir qualquer vestígio do assassinato.

Apesar de negar a autoria do crime, as provas eram contundentes. Diante dos fatos, ele foi condenado a 21 anos e seis meses de prisão, com um período mínimo de 16 anos antes de poder solicitar liberdade condicional.

A mãe de Arnima, devastada pela perda da filha, expressou sua dor em um depoimento emocionante lido no tribunal. Ela descreveu como sua vida perdeu a alegria e como a dor da ausência da filha é insuportável. A história trágica de Arnima reforça o alerta sobre relacionamentos abusivos e a necessidade de apoio às vítimas antes que seja tarde demais.

Escrito por

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.