Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (15), Mauricio Freire, diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) de São Paulo, trouxe à tona detalhes importantes sobre as circunstâncias do trágico acidente aéreo ocorrido na cidade de Vinhedo, localizada no interior do estado paulista.
Ele revelou que a posição em que a maioria dos corpos das vítimas foi encontrada sugere que elas podem ter sido alertadas sobre a iminente queda da aeronave.
As vítimas estavam, em sua maioria, na posição de “brace”, uma postura de segurança recomendada para minimizar impactos durante uma aterrissagem forçada, com a cabeça entre os joelhos e abraçando as pernas.
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, em uma força-tarefa com peritos, conseguiu concluir a identificação de todos os 62 mortos no acidente com a aeronave da Voepass, ocorrido na última sexta-feira (9).
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Esse trabalho intenso foi concluído na noite de quarta-feira (14), e todos os familiares das vítimas já foram informados sobre a identificação de seus entes queridos.
As identificações foram realizadas principalmente através de impressões digitais, com o auxílio de outros métodos, como comparações de radiografias, exames odontológicos e fotos de tatuagens.
O uso de exames de DNA não foi necessário para nenhuma das vítimas. O esforço para a identificação contou com a colaboração de oito estados brasileiros, que forneceram dados civis de parte das vítimas para a equipe em São Paulo.
Até o momento, 42 dos corpos já foram liberados para as famílias realizarem os funerais. Além disso, os restos mortais de um cão que estava a bordo do voo foram entregues à família dos donos.
A partir desta sexta-feira (16), o IML de São Paulo retomará suas atividades normais, após concluir este processo doloroso, mas essencial, para trazer algum alívio às famílias afetadas pela tragédia.
Mais de 40 profissionais, incluindo médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia, estiveram envolvidos na complexa tarefa de identificar os corpos das vítimas do trágico acidente aéreo em Vinhedo, no estado de São Paulo.
Esse esforço contou com o apoio do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) da Polícia Civil de São Paulo, e também teve a participação de peritos da Polícia Federal (PF) e do Instituto de Criminalística (IC), além do Corpo de Bombeiros, que auxiliou na retirada dos corpos dos destroços.
Os destroços da aeronave estão sendo reunidos e transportados para a sede da Voepass, localizada em Ribeirão Preto, no interior do estado. A empresa informou que manterá o material armazenado até que todas as famílias das vítimas tenham sido devidamente indenizadas.
Esse processo é parte das medidas necessárias para garantir que os procedimentos legais e compensatórios sejam cumpridos, oferecendo algum conforto às famílias afetadas pela tragédia.