Um ato de crueldade chocou os moradores de Nova Fátima, no Norte do Paraná, e despertou um intenso debate sobre a necessidade de acompanhamento psicológico para crianças.
Após a morte de 23 animais em um hospital veterinário, uma criança foi identificada por câmeras de segurança como a responsável pelas agressões que resultaram nas mortes.
O caso tem mobilizado a cidade, gerando luto e revolta, além de questionamentos sobre as causas e consequências de tal comportamento. A criança foi flagrada chutando a cabeça de coelhos e porquinhos da Índia, além de arremessá-los contra a parede.
De acordo com os veterinários que a interrogaram, o menino confessou os atos, mas não demonstrou arrependimento. O veterinário Lúcio Barreto, que esteve com a criança durante o depoimento à Polícia Civil, relatou que o garoto não aparentava estar abalado ou impressionado com a gravidade da situação.
“Não demonstrou muito remorso, aparentemente até tranquilo. Perguntei se ele não tinha dó do coelhinho, um bichinho, bonitinho, e ele disse que ‘mais ou menos’”, relatou Barreto.
A polícia já visitou a residência da criança, conversou com os responsáveis e registrou um boletim de ocorrência. Além disso, o Conselho Tutelar foi acionado e está acompanhando o caso de perto, visando avaliar a necessidade de tratamento psicológico.
Brenda Almeida, proprietária do hospital veterinário, se mostrou profundamente abalada com o ocorrido. Ela destacou que a cidade está em luto e que a fazendinha, onde os animais foram mortos, representava a realização de um grande sonho.
A criança, segundo os veterinários, havia participado da festa de inauguração do espaço no sábado (12) e retornou no domingo (13) para cometer os atos de violência. O incidente foi registrado pelas câmeras de segurança, e as imagens revelaram toda a brutalidade.
“Ele disse que foi ele mesmo, que ele chutava a cabeça e arremessava na parede, tanto que foram encontrados três coelhos lá dentro [do imóvel], que ele arremessou pela janela”, contou Brenda.
Este triste episódio reforça a importância de identificar sinais de comportamento violento em crianças e oferecer o devido acompanhamento psicológico. A falta de arrependimento demonstrada pela criança envolvida é um sinal de alerta sobre possíveis distúrbios emocionais ou psicológicos.
A sociedade, com o auxílio de profissionais capacitados, deve garantir que casos como esse sejam tratados com seriedade, prevenindo que comportamentos cruéis se tornem recorrentes.