Dois agentes penitenciários foram presos em flagrante, nessa terça-feira, pela prática de crime ambiental. Ednaldo Correia, e seu pai, Erasmo Correia continuavam a construção de uma obra particular no Parque Estadual Jacarapé, que constitui área de preservação ambiental. A obra já havia sido embargada pelo Ministério Público Federal, que deu um prazo para saída do local. No local em que foi encontrada a irregularidade a Polícia Florestal identificou uma viatura policial, indícios de desmatamento e materiais de construção como tijolos.
Ontem, durante fiscalização no parque, a Sudema e a Polícia Florestal encontraram os dois funcionários públicos trabalhando na construção. O pai, Erasmo, servia, inclusive, de peão. Seu filho, Ednaldo, vistoriava a obra. Eles responderão por descumprimento de notificação federal.
Segundo o chefe de Fiscalização da Sudema, Edeilson Sales, outras quatro pessoas foram presas por crime ambiental, na última segunda-feira pela manhã. Kleberson José Nascimento, Antônio Marcos da Silva, Luís Fernando Salles da Silva e um de 17 anos, realizavam desmatamento no mesmo parque onde os fiscais foram flagrados. Os quatro foram autuados e multados. “Por tratar-se de um Parque Estadual de reserva ambiental, qualquer supressão de vegetação na área é proibida”, informou o coordenador de operações do Ibama, Jaime Pereira.
Segundo o sargento Valdenilson da Silva, da Polícia Ambiental, a área desmatada no local equivale a uma “tração”, o que seria menor que um hectare. “Ao que parece eles tinham a intenção de habitar o local. Limpar a área para construir”, reforçou.
Decretado Unidade de Conservação, de Proteção Integral, em fevereiro de 2002, a área passa por um processo de organização em sua ocupação, a fim de poder ver protegido um importante espaço natural.
O Parque Estadual Mata do Jacarapé foi
denominado por lei federal e decreto estadual e desde então vem passando
por um processo de gestão ambiental para equacionar os conflitos
existentes a partir da ocupação em área de preservação ambiental.