Em um chocante caso registrado em um bairro central do Rio de Janeiro, uma mãe foi filmada torturando a própria filha de 11 anos dentro de casa. A criança, que tem transtorno do espectro autista, foi resgatada junto com seu irmão mais novo pelo Conselho Tutelar.
O portal g1 teve acesso às perturbadoras imagens, que mostram a menina com os braços amarrados para trás, sentada no chão da residência onde vive com a mãe e o irmão. Na gravação, a mãe é vista colocando um saco plástico na cabeça da filha.
A mulher aperta o saco plástico com as duas mãos, sufocando a criança por mais de 30 segundos. Em determinados momentos, ela cobre a boca da menina com uma das mãos, por cima do saco plástico, aumentando ainda mais o sofrimento da filha.
Enquanto praticava a sessão de tortura contra a filha, ela ordenava que a filha ficasse calada e repetia palavras desconexas como por exemplo: “só assim para o demônio sair”, “olha como ele se manifesta”, “olha o demônio”.
O vídeo documentando a tortura não representa o primeiro episódio de violência da mãe contra sua filha de 11 anos. De acordo com informações obtidas pelo g1, a menina vinha sofrendo agressões em casa há anos.
O Conselho Tutelar do Rio de Janeiro recebeu denúncias sobre essa situação, e após confirmarem a veracidade dos relatos e o risco enfrentado pela criança, uma equipe foi enviada para resgatá-la.
A intervenção ocorreu no último sábado (8), quando a equipe do Conselho Tutelar chegou ao local e teve que confrontar a mãe. A situação se intensificou quando a mulher tentou se automutilar com objetos cortantes.
Os conselheiros providenciaram atendimento médico para a mãe e resgataram as duas crianças. Até o momento, o caso não foi registrado em nenhuma delegacia. Não há informações se a mãe das crianças foi detida.
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Os dois menores foram levados para um abrigo da Prefeitura do Rio, onde receberam acolhimento e os cuidados necessários, conforme informado pelos responsáveis pelo resgate.
Agora, a decisão sobre a guarda definitiva das crianças ficará a cargo da Vara da Infância e Juventude. Outros familiares foram contatados para colaborar no processo de acolhimento. Até que haja uma decisão judicial, as crianças permanecerão sob os cuidados do município.