Na manhã desta terça-feira o Brasil teve uma surpresa após o site oficial do Vaticano publicar que o país terá a sua primeira santa canonizada. O comunicado foi feito através do Vatican News, confirmando o segundo milagre do “Anjo bom da Bahia”, a irmã Dulce.
A mensagem através do canal de comunicação do Vaticano confirma a proclamação de Santa para a primeira mulher nascida no Brasil. O decreto foi autorizado pelo Santo Padre, onde a beata será canonizada nos próximos dias, através da solene celebração de canonizações.
A audiência para decidir sobre a Irmã Dulce ocorreu nesta segunda-feira, dia 13 de maio, com a presença do Papa Francisco, o cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação das Causas dos Santos, onde recebeu as devidas autorizações para promulgar o decreto.
Milagres
O Vaticano estava analisando três graças alcançadas por devotos da igreja, logo após orações feitas à Irmã Dulce. Os três casos foram enviados ao Vaticano pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), no último ano de 2014, logo após a análise e conclusão de profissionais dentro da própria organização.
A beata já tinha um milagre reconhecido em outubro de 2010, quando adquiriu o status de beatificação. Logo após este primeiro passo, foram iniciados as análises para poder buscar a canonização da freira, onde a partir do segundo milagre a igreja católica passa a reconhecer um beato como santo.
O Vaticano exige que o milagre tenha ocorrido logo após a beatificação. E para ser considerado um milagre, é preciso seguir quatro exigências, só assim será possível comprovar a veracidade do caso. Entre as exigências estão:
- Ser preternatural, algo que a ciência não consegue explicar;
- Acontecer logo após a oração, ou seja, instantâneo;
- Ser duradouro;
- Uma obra perfeita.
Assim este segundo milagre alcançou as quatro exigências, porém ainda não foi divulgado.
Irmã Dulce
A santa brasileira irmã Dulce, tem o seu nome de batismo Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. A beata nasceu na capital baiana, Salvador, no dia 26 de maio de 1914. Ela é muito famosa em sua região por ter praticado diversas obras de caridade e assistências aos mais necessitados. Ela era membro religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.
Ela veio a falecer aos 77 anos no Convento Santo Antônio, no dia 13 de março de 1992.