Quem é a mulher que tirou a vida dos pais e conviveu com os cadáveres deles em casa por 4 anos

O caso viralizou e chocou a comunidade local.

Um crime macabro que chocou a Inglaterra chegou ao seu desfecho nesta sexta-feira (11), com a condenação de Virginia McCullough, de 36 anos, à prisão perpétua.

Ela foi sentenciada por ter matado seus próprios pais, John e Lois McCullough, em 2019, e vivido com os corpos escondidos na mesma casa em Essex por quatro anos. Durante as audiências, Virginia admitiu os assassinatos e revelou detalhes perturbadores sobre como escondeu os corpos.

Segundo a investigação, Virginia envenenou o pai e esfaqueou a mãe com uma faca de cozinha. Após os crimes, ela criou um “túmulo improvisado” para o pai em um cômodo da casa, usando blocos de alvenaria e massa branca, enquanto o corpo da mãe foi colocado dentro de um guarda-roupa.

Por quatro anos, Virginia continuou vivendo na casa como se nada tivesse acontecido, até que, durante uma visita policial, ela revelou calmamente o que havia feito. Segundo o tabloide The Sun, ao confessar aos policiais, ela afirmou: “Eu sabia que isso aconteceria eventualmente, é apropriado que eu cumpra a minha punição.”

Durante o julgamento, foi revelado que o crime foi premeditado, com Virginia comprando os itens necessários meses antes. Além disso, a polícia de Essex relatou que ela usou o dinheiro dos pais para sustentar um vício em jogos de azar.

A polícia local expressou choque com o caso, classificando Virginia como uma “manipuladora inteligente” que planejou e executou os assassinatos de forma cruel, surpreendendo até os investigadores mais experientes.

Apesar de apresentar sintomas de transtorno de personalidade, autismo, depressão e psicose na época dos crimes, o tribunal entendeu que essas condições não diminuem sua responsabilidade.

O juiz Johson, do Tribunal da Coroa de Chelmsford, afirmou que a ré demonstrava remorso e autopiedade, mas destacou que ela “roubou a dignidade na morte de seus pais”, reafirmando que o crime foi planejado e executado com frieza.

O caso de Virginia McCullough lança luz sobre a complexidade dos crimes familiares, onde fatores psicológicos e transtornos mentais frequentemente estão em jogo, mas sem isentar a responsabilidade pelos atos brutais cometidos.

O episódio serve de alerta sobre a importância da detecção precoce de problemas psicológicos graves e o impacto devastador que podem ter se não forem adequadamente tratados.

Escrito por

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.