Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), conhecido por estar envolvido em diversas polêmicas durante a Operação Lava Jato, liberou nesta última segunda-feira (10/06) o julgamento de um Habeas Corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde poderá ser concluído ainda nesta terça-feira (11/06) e tirar Lula da prisão em Curitiba.
O HC coloca um ponto de suspeição contra o atual ministro Sérgio Moro, questionando sua atuação durante todo o processo de condenação de Lula.
Quem irá analisar o pedido de Habeas Corpus é a Segunda Turma do STF, que poderá postergar o julgamento para o próximo dia 25 de junho, caso não seja julgado hoje. O HC é o mesmo apresentado no fim do ano passado, quando Bolsonaro convidou Moro para ser o responsável pelo comando do Ministério da Justiça.
Prisão de Lula
Hoje preso em Curitiba, na sede da Polícia Federal, ele foi condenado em 2017 no caso do triplex em Guarujá, São Paulo. Na ocasião, Sérgio Moro era o juiz responsável pelo caso, onde atuava na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
Lula teve a sua condenação confirmada em segunda instância em 2018, quando foi levado a Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. O caso foi novamente analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas acabou mantendo a condenação de Lula.
O julgamento de soltura que foi iniciado em dezembro de 2018, acabou sendo adiado, após dois ministros do STF votarem contra a concessão de liberdade ao ex-presidente. Quem pediu para que o julgamento continuasse mais pra frente, foi o próprio Gilmar Mendes.
Vazamento de conversas
O caso tomou forças após conversas entre Sérgio Moro e Dallagnol, onde citam que “é preciso prender os corruptos do país” e outras que acabam mostrando uma “imparcialidade” no caso poucos dias antes do segundo turno das eleições presidenciais.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos da série brasileira.