Os três meninos que estavam desaparecidos em Belford Roxo, no estado do Rio de Janeiro, há cerca de um ano foram assassinados devido a uma sessão de tortura em que houve excesso por parte de traficantes, conforme informações dadas pelas autoridades fluminense.
De acordo com o delegado Urel Alcântara, que esteve a frente das investigações, os meninos foram condenados em uma espécie de tribunal do crime, depois de ter assaltado uma gaiola de passarinhos do tio de um dos traficantes. Um dos meninos acabou vindo a óbito durante a tortura, e que para o problema ser “resolvido”, assassinaram os outros dois.
Na última quinta-feira, dia 9 de dezembro, os investigadores do caso deixaram claro em uma coletiva, a dinâmica do evento. Lucas Matheus da Silva, de 9 anos, Alexandre da Silva de 11 que são primos e Fernando Henrique Soares de 12, amigos deles, foram brincar no dia 27 de dezembro do ano passado, na comunidade Castelar.
Em alguma hora daquela manhã, que o delegado não saber exatamente, os três foram vistos com uma gaiola nas mãos. Quando foi 13h eles foram vistos mais uma vez em uma feira de Areia Branca, que está localizada a cerca de 3 km do local onde residiam, mas já não estavam mais com a gaiola. Em algum momento do trecho em que eles tavam retornando para suas residências, pegos, torturados e assassinados.
Após isso acontecer, os traficantes foram até um bar em duas motoclubes e pediram para que um conhecido pudesse levar os corpo dos três meninos. Eles foram até a comunidade, pegaram os sacos pretos e colocaram dentro do porta-malas e estão foram em direção a um rio próximo da região, local onde provavelmente jogaram o corpo dos três.
Sendo alvo de muitas críticas no decorrer dos medes por essa demora em descobrir o paradeiro dos três meninos, o delegado do caso afirmou que esse caso teve prioridade desde o começo.
As investigações sobre o caso só teve um avanço mais significativo a partir do mês de maio, no momento em que uma testemunha-chave que viu o que aconteceu confirmou sobre a hipótese do roubo dos passarinhos.
No total, 71 pessoas deram testemunho sobre o caso. Também aconteceu buscas em dois pontos do rio, porém os delegados optaram por para pois avaliaram que os corpos não seriam encontrados depois de todos esses meses que se passaram.
Cerca de 259 agentes precisaram participar de uma ação para que 56 madatos de prisão temporária fossem concluídos, cinco deles eram devido ao triplo homicídio com ocultação de cadáver e outros mandatos por associação ao tráfico. Cerca de 16 pessoas foram detidas na última quinta-feira.
Entre os cinco suspeitos de estarem envolvido no assassinato dos garotos, estão três pessoas que foram mortas nos últimos meses, sendo eles José Carlos Prazes da Silva, o Chefe do tráfico que era conhecido como piranha, o gerente Willer Castro da Silva conhecido como estala e a gerente de logística Ana Paula da Rosa Costa, que todos chamavam de Tia Paula.
Existe um quarto mandado para Edgar Alves de Andrade conhecido como Doca, que é uma das lideranças do CV (comando vermelho), que encontra-se foragido. O quinto suspeito de ter assassinado os três garotos foi detido em uma das operações, mas não ira ter ser nome divulgado devido a risco de vida. Ainda existe uma sexta pessoa sendo investigada, sendo o motorista que ajudou a levar os corpos até o rio.