Após meses enfrentando graves sequelas decorrentes de uma tentativa de homicídio, uma bebê de apenas 1 ano faleceu nesta quinta-feira (09) em São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul. O crime, que chocou a sociedade pela crueldade envolvida, aconteceu em setembro do ano passado, quando a mãe, de 31 anos, afogou a filha em uma bacia.
A confirmação do óbito veio através da avó materna, que, ao longo desse período, acompanhou de perto a recuperação da neta. Em uma postagem emocionada nas redes sociais, a avó expressou sua dor pela perda, afirmando que a criança agora seria uma “estrelinha no céu”.
Ela esteve presente em todas as etapas do tratamento, desde a internação inicial até o momento em que a bebê, em dezembro, foi hospitalizada novamente para tratar uma pneumonia em uma unidade hospitalar na cidade de Campo Grande, capital do estado do Mato Grosso do Sul.
Apesar da alta médica temporária, que permitiu que a família celebrasse o primeiro aniversário da menina no Natal, infelizmente as complicações acabaram sendo fatais.
O Caso
O crime ocorreu quando a criança tinha apenas oito meses. Segundo relatos da avó, ao retornar para casa, encontrou a neta com a cabeça submersa em uma bacia. Após retirá-la da água, buscou ajuda imediata com vizinhos, e a criança foi levada ao hospital local e, posteriormente, transferida para Campo Grande devido à gravidade do estado de saúde.
Durante o trajeto, a bebê sofreu uma parada cardiorrespiratória, necessitando ser entubada. A mãe confessou o ato em depoimento à polícia, alegando ser usuária de drogas e afirmar que não tinha condições de cuidar da filha. Ela declarou que estava brigando frequentemente com a própria mãe, o que teria motivado o crime.
Em sua versão, a mulher revelou também que a filha era cardiopata, e suas dificuldades emocionais e psiquiátricas a levaram a cometer o ato. A autora foi presa em flagrante no mesmo dia.
Desdobramentos Legais
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou a mãe em 18 de setembro de 2023. Posteriormente, a Defensoria Pública solicitou a instauração de um incidente de insanidade mental para avaliar a condição psicológica da acusada. Até o momento, o caso segue em andamento.
A morte da bebê encerra uma trágica história que evidenciou a vulnerabilidade de crianças em situações de negligência e violência familiar. A sociedade local e os órgãos competentes agora aguardam a definição do caso, que levanta discussões sobre saúde mental, uso de drogas e a proteção de menores em ambientes de risco.
