‘Engenharia criminosa’ por trás da fraude do INSS foi criada no governo Bolsonaro, afirma AGU

Investigações sobre fraude começaram em 2023.

Ao longo das últimas semanas, as investigações sobre a fraude no INSS passaram a ganhar mais espaço no noticiário. Segundo a polícia federal, o caso já vinha sendo investigado desde 2023.

A fraude, em explicação simplificada, se baseava no seguinte: grupos de beneficiários, como pensionistas e aposentados, tiveram dinheiro roubado por meio de descontos não autorizados. O dinheiro era encaminhado à instituições, como sindicatos e associações, mesmo sem autorização da vítima.

A polícia segue o trabalho de identificar quais dessas instituições eram legais e quais estavam envolvidas no esquema criminoso – já que o desconto em folha autorizado, com ciência do beneficiado, não é ilegal.

Em meio as descobertas das investigações sobre a fraude, o atual governo federal esta sob forte atenção e recebendo críticas. Nos últimos dias, um vídeo do deputado Nikolas Ferreira, por exemplo, viralizou. No registro, Nikolas acusava o governo Lula como responsável pelo esquema.

Na última quinta-feira (08/05), o advogado-geral da União, Jorge Messias, se manifestou sobre o caso e criticou o vídeo do deputado. Sem citar nomes, Messias rebateu as afirmações.

Está muito claro que uma tecnologia criminosa, um modelo criminoso, uma engenharia criminosa foi montada pelo governo anterior [de Jair Bolsonaro]. Foi montada nos estertores do governo anterior. Nós conseguimos desbaratar esta fraude“, disse.

Os golpes no INSS, investigados como parte da fraude, começaram em 2019 (durante o governo Bolsonaro), conforme aponta a Polícia Federal. As investigações, por sua vez, só começaram em 2023 (durante o governo Lula).

É sobre esses pontos que Messias articula sua argumentação, em resposta ao vídeo do deputado Nikolas Ferreira. O advogado-geral da União também apontou a precarização da empresa pública DataPrev, que presta apoio técnico ao INSS.

“Eu espero que ele [Nikolas] pergunte ao antigo ministro por que que o Ministério da Previdência não adotou as providências necessárias para fazer investigação quando já havia indícios de denúncias de irregularidades de desconto”, afirmou Messias.

Escrito por

Roberta R

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