Em maio desse ano, a gestante de trinta e seis anos, residente em Natal, estava grávida de oito meses da primeira filha, quando contraiu a doença do novo coronavírus. Devido à doença, os médicos decidiram que o parto teria que ser realizado antecipadamente, mas a bebé não contraiu a doença, e a mãe seguiu em tratamento.
Maria do Céu, sofreu um agravamento da doença, e necessitou de ser submetida à colocação de um pulmão artificial, no qual é conhecido como ECMO, o mesmo processo que foi utilizado para o ator Paulo Gustavo, que também não resistiu às complicações causadas pela doença. Nessa altura, ela ainda não tinha conhecido a filha.
Maria do Céu, passou um mês com a ECMO, e cerca de dois meses, no total de internação na UTI. Já na última semana, ela finalmente teve alta, e foi transferida para recuperação num leito clínico. Já nesta sexta-feira, (2), finalmente o reencontro aconteceu e ela conheceu a sua filha, Maria Ana, que tinha completado dois meses de vida.
No momento tao aguardado, ela finalmente viu a filha pela primeira vez, onde pode tocar e pegar no colo. No momento emocionante, além de mãe e filha, também estava presente o marido de Maria do Céu e pai de Maria Ana, como também parentes, que aproveitaram a ocasião e a data especial, para realizar dupla comemoração: a alta da UTI de Maria, e o “mesversário” da bebê.
A paciente foi a primeira pessoa, a recuperar após o procedimento com ECMO, no Rio Grande do Norte, no decorrer da pandemia de coronavírus. De acordo com a família, o tratamento foi realizado numa unidade hospitalar privada, na capital potiguar, e o valor ascendeu os mais de cem mil reais.
De acordo com o irmão, Francisco Paiva, relatou que o médico explicou para a família, que essa possibilidade existia, no qual era um tratamento que os planos de saúde não iriam cobrir, e também não e comparticipado pelo SUS, mas era o único tratamento que iria salvar a vida de Maria.
Ele conta ainda, que a família não tinha outra alternativa, a não ser apenas de imediato mobilizar todos os familiares, e dar inicio ao tratamento, conclui. Ele destaca ainda, que todos acreditam que se esse tratamento fosse mais divulgado, e no qual mais pessoas tivessem acesso a ele, e recebesse a comparticipação pelo SUS, sem dúvida, mais vidas teriam sido salvas, termina.