Enquanto partes do Brasil desfrutam de segurança e lazer, outras regiões enfrentam uma dura realidade: a escalada de uma violência cada vez mais brutal e impune. Em bairros periféricos de grandes cidades, como Fortaleza, a vida pode ser ceifada de forma inesperada, cruel e coletiva.
A chacina ocorrida na Barra do Ceará, na capital cearense, é mais um capítulo trágico da longa lista de crimes que assolam comunidades abandonadas pelo poder público e sitiadas por facções criminosas.
Na noite da última terça, dia 6 de maio, quatro homens foram assassinados a tiros enquanto jogavam futebol em um campo society na Rua Tambaú. As vítimas estavam em um momento de lazer quando homens armados, usando camisas com a inscrição “Polícia Civil”, invadiram o local e abriram fogo.
Pedro Henrique da Silva Borges, de apenas 16 anos, era uma das promessas do futebol local. Sonhava com os gramados profissionais e já havia feito testes em clubes importantes, como Ceará e Fortaleza. Os outros três mortos: Carlos Johnson (31), Estefany Ribeiro (34) e Evandro Igor (26) tinham profissões humildes e deixaram filhos.
Chacina na Barra do Ceará, em Fortaleza, deixa quatro mortos e pelo menos seis feridos
Quatro suspeitos foram detidos pela Polícia Militar pic.twitter.com/6M0M7BLiZq
— Política e Fatos (@politicaefatos) May 7, 2025
Quatro suspeitos foram presos logo após o crime: três adultos e um adolescente. Com eles, foram apreendidas armas, munições, drogas e celulares. Todos já tinham passagens anteriores pela polícia.
As autoridades acreditam que a chacina esteja ligada a conflitos entre organizações criminosas, e o caso é investigado por equipes especializadas da Polícia Civil e Militar, com reforço ostensivo na área.
A tragédia não é isolada: apenas nos últimos dias, duas influenciadoras foram executadas na mesma região, e novos ataques têm causado pânico na população, inclusive com suspensão de aulas e transporte público.
A Barra do Ceará, marcada por beleza natural, tornou-se palco recorrente de barbáries que evidenciam o colapso da segurança urbana em áreas marginalizadas.