Lucia Hippolito diz que não vai desistir, mas não ficará insistindo

Conheci Lucia Hippolito no ano de 1990, quando ela lecionava História sobre o período republicano para os jornalistas de “O Globo”, e não perdia uma. No ano de 2002, quando tornou-se diretora da CBN, convidou Lucia para fazer um quadro que foi chamado de “Por dento da eleições” — foi o ano em que Lula seria consagrado nas ruas.

No ano de 2012, estava vivendo sua melhor fase na área profissional. No mês de abril, em uma viagem de férias com destino à Paris, a cidade que tinha costume de ir pelo menos duas vezes ao ano, estava com todas as suas malas prontas para voltar, no momento em que ela perdeu todos os movimentos — ali estava começando uma estrada de provações que irá fazer dez anos.

Lucia foi vítima da sindrome de Guillain-Barré, uma doença que é autoimune que afeta todos os grupos musculares. Ela recebeu atendimento no centro hospitalar universitário Salpêtrière, que é um dos maiores hospitais da França, e foi transferida para uma unidade hospitalar do Instituto Pasteur que era especializada na síndrome. Foram três meses de internação, sendo 48 deles intubada, tendo seu companheiro Edgar Flexa Ribeiro do seu lado.

Pacientes que possuem essa síndrome, tem o costuemm de levar meses para que fique recuperados. Conforme as informações dadas pelo Ministério da Saúde, cerca de apenas 15% mão ficam com nenhuma sequela, porém cerca de 5% e 10% manifestam um quadro de incapacidade. E esse foi o caso de Lucia, tetraplégica, presa a uma caseira de rodas.

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Redator Seguindo News

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