Um caso chocante ocorrido em Uruaçu, no norte de Goiás, revelou a brutalidade de um ato cometido por uma adolescente de 16 anos contra o próprio tio, que resultou em sua morte.
As investigações da Polícia Civil, que concluíram o inquérito nesta sexta-feira, apontam que a jovem jogou óleo fervente na cabeça e ouvido do tio enquanto ele dormia, dentro da casa onde viviam com a mãe e a avó da adolescente.
A motivação, segundo os investigadores, teria relação com desentendimentos familiares, especialmente com a reprovação do tio sobre as amizades da garota. Imagens divulgadas pela polícia mostram a vítima em agonia logo após o ataque, tentando se mover com dificuldade e recebendo ajuda de outra pessoa presente no local.
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Embora a origem da gravação não tenha sido revelada, ela foi considerada elemento relevante na apuração do caso. O homem, de 43 anos, chegou a ser socorrido e internado em um hospital local, sendo posteriormente transferido para Goiânia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia 28 de março.
Durante o inquérito, a adolescente confessou a autoria do ato infracional, correspondente a homicídio triplamente qualificado, segundo o delegado Domênico Rocha.
Por ser menor de idade, ela poderá ser internada por até três anos. Além dela, a polícia indiciou um segundo envolvido: um adulto conhecido da adolescente, acusado de incentivá-la ao crime por meio de mensagens.
Esse indivíduo responderá por homicídio qualificado, podendo pegar entre 12 e 30 anos de prisão, embora ainda não tenha sido preso. A descoberta do crime ocorreu não por denúncia da família, mas graças ao trabalho da PCGO, que teve acesso a informações hospitalares e ouviu a vítima antes de sua morte.
Apesar da omissão dos familiares, a lei brasileira isenta parentes próximos de responderem por favorecimento pessoal em situações como essa. O caso levanta discussões sobre os limites da influência de terceiros sobre menores e os mecanismos de proteção dentro do ambiente familiar.
Também chama atenção para a importância da atuação das autoridades em casos de violência doméstica e conflitos familiares ocultos. A conclusão do inquérito agora será encaminhada ao Ministério Público, que decidirá sobre os próximos passos jurídicos.