Nesta quinta-feira (06/03), a coluna Na Mira trouxe à tona detalhes sobre a morte do brasiliense Fabrício Alves Monteiro, de 28 anos. O rapaz passava o Carnaval na capital carioca, quando foi sequestrado em Honório Gurgel.
Fabrício estava na companhia de dois homens, um primo e um amigo, quando os três foram sequestrados. Os três estavam hospedados em Anchieta, na casa de parentes, e foram sequestrados na Avenida Brasil. Segundo os dois sobreviventes, os traficantes levaram o trio para a comunidade da Palmeirinha.
O primo e o amigo de Fabrício foram liberados pelos traficantes, mas Fabrício permaneceu sob domínio dos criminosos porque teria mensagens de apologia ao Terceiro Comando Puro, rival do Comando Vermelho, em seu celular.
Segundo o primo e o amigo de Fabrício, o brasiliense foi submetido a horas de tortura. Dentro as agressões, Fabrício teria recebido várias coronhadas, além de ter tido um dedo decepado e ter sido forçado a comer a própria orelha.
De acordo com o que apurou a coluna, Fabrício teria sido julgado no tribunal do crime e condenado a método de tortura que teria sido desenvolvido por Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar.
O trio foi sequestrado no dia 4 e, horas depois, a polícia encontrou o carro que era usado pelos amigos na comunidade do Muquiçu. O local é dominado pelo TCP, facção rival ao Comando Vermelho, que teria sequestrado o rapaz.
Dentro do veículo, a polícia recuperou um corpo que foi totalmente carbonizado. As autoridades acreditam que seja o corpo de Fabrício, mas aguardam o laudo da perícia para confirmar. Com isso, o caso foi assumido pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
A polícia investiga o caso, enquanto aguarda a confirmação da identidade da vítima encontrada no corpo, e tenta entender a motivação por trás do sequestro e homicídio de Fabrício.