Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, divulgadas nesta quinta-feira (05/06), o nome da deputada federal Carla Zambelli já consta na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.
A BBC News Brasil também procurou confirmar a informação e, através de uma fonte não divulgada, teve retorno positivo. Na prática, isso significa que as polícias de 196 países, que fazem parte do acordo de cooperação internacional, possuem autorização para realizar a prisão da deputada brasileira.
O nome de Zambelli foi incluído na lista da Interpol após a deputada ter sido alvo de um mandado de prisão preventiva. O mandado, por sua vez, foi uma reação do Supremo Tribunal Federal à flagrante fuga da deputada do território brasileiro, onde enfrenta uma condenação a 10 anos de prisão.
Zambelli foi condenada após promover uma invasão hacker ao sistema do CNJ, para acessar o sistemas de mandados judiciais. A deputada alega ser inocente e acusa o sistema judiciário brasileiro de promover uma perseguição contra ela.
Além de Zambelli, Walter Delgatti Neto foi condenado no mesmo processo. Delgatti foi identificado como o hacker responsável por promover o ataque ao sistema do CNJ. Em colaboração com as investigações, ele confessou o crime e afirmou que Zambelli foi responsável por procura-lo e encomendar o crime.Delgatti foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão.
Zambelli deixou o Brasil através da fronteira com a Argentina e, a partir do país vizinho, viajou para os EUA. Do país norte-americano, teria a intenção de viajar para a Itália, onde tem cidadania.
A deputada acredita que, por ter cidadania, não correria risco de ser extraditada da Itália para o Brasil. A situação, segundo analistas, é um pouco mais delicada que isso. Na Itália, o governo foi pressionado por um parlamentar a se posicionar sobre a possível chegada da brasileira.