Ao longo dos últimos dias, o nome da deputada Carla Zambelli se tornou um dos assuntos mais comentados do país. Condenada a 10 anos de prisão, Zambelli anunciou sua fuga do país e acabou se tornando alvo de mais um inquérito, além de uma ordem de prisão preventiva.
Zambelli deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina, que dispensa checagem da polícia federal sobre as fronteiras. Da Argentina, a deputada seguiu para os EUA e anunciou o plano de seguir para a Itália, onde tem cidadania.
“Sou intocável na Itália”, disse Zambelli, se referindo ao fato de ter cidadania e supostamente não poder ser extraditada. Como reação, o STF decretou a prisão preventiva da deputada, determinou abertura de um novo inquérito e inclusão do nome de Zambelli na lista da Interpol.
Para permanecer fora do país, Zambelli anunciou que pretendia se licenciar da Câmara. Mesmo sem salário, a deputada teria outras fontes de renda e uma delas são as doações em pix, recebidas de eleitores e apoiadores.
Segundo da própria deputada, Zambelli chegou a arrecadar cerca de R$285 mil apenas em doações de pix. A deputada lançou a campanha nas redes sociais, alegando que precisava de ajuda para arcar com as multas do STF.
“Conseguimos arrecadar R$ 285 mil reais nesta campanha tão necessária para o pagamento das multas injustas e completamente desproporcionais, impostas por uma perseguição implacável mas que também não me fará recuar”, disse em uma publicação.
Zambelli afirma que sofre perseguição, mas sua condenação se deu em esfera criminal. A deputada foi condenada por promover um ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, além do crime de falsidade ideológica.
No Brasil, a deputada tem o direito de recorrer da decisão, graças ao direito constitucional de ampla defesa. A ordem de prisão preventiva foi emitida após a deputada deixar o país, anunciando intenção de morar na Itália e evitar, dessa forma, enfrentar as eventuais penas.