Momento que polícia dispara contra ‘Anão da Solidão’ é flagrado vídeo

Caso aconteceu neste último sábado, dia 4 de janeiro

O atendimento de ocorrências envolvendo pessoas em surto psicológico exige sensibilidade e preparo, pois situações delicadas podem rapidamente sair de controle. Infelizmente, em alguns casos, como o ocorrido na Praia da Solidão, em Florianópolis, o desfecho pode ser fatal.

A morte de Ernesto Schmidt Neto, conhecido como “Anão da Solidão”, reacendeu o debate sobre o manejo de crises psicológicas e a atuação policial em cenários complexos. No último sábado, dia 4 de janeiro, Ernesto, de 48 anos, foi morto em confronto com a Polícia Militar após tentar esfaquear os agentes.

A ação ocorreu na Rua Inério Joaquim da Silva, no bairro Pântano do Sul, após uma denúncia de ameaça contra uma inquilina. Quando os policiais chegaram ao local, Ernesto teria avançado com uma faca, resultando em disparos fatais.

Segundo relatos da comunidade e do psicólogo que o acompanhava, Ernesto sofria de crises recorrentes devido à depressão e episódios de agressividade. Embora conhecido por seu temperamento explosivo, ele era descrito como controlável por pessoas próximas. O psicólogo, Thomas Teixeira Fidryszewski, criticou a abordagem policial, destacando que amigos estavam dispostos a intervir para acalmá-lo.

A Polícia Militar justificou a ação, apontando o comportamento agressivo de Ernesto e seu histórico de delitos, que incluía desacato, ameaças e invasão de propriedade. No entanto, críticas surgiram em relação à letalidade da abordagem.

Thomas lamentou que uma tentativa de diálogo com Ernesto tenha sido impedida, reforçando que, em outros momentos, crises foram resolvidas pacificamente pela comunidade. O caso levanta questões importantes sobre o treinamento de agentes para lidar com pessoas em surtos psicológicos.

Enquanto a polícia defende a necessidade de proteger os envolvidos, a comunidade questiona se alternativas menos letais poderiam ter evitado a tragédia.A morte de Ernesto, filho único e figura conhecida no bairro, deixa um vazio e uma reflexão sobre o equilíbrio entre segurança e humanidade no atendimento de ocorrências sensíveis.

Escrito por

Paulo Machado

Colunista de portal de notícias dedicado a TV e Famosos, Curiosidades, Saúde Natural e Bem-estar, Finanças e Política Brasileira