A ação de Israel contra o território de Gaza, onde cerca de 2 milhões de palestinos seguem sitiados, continua gerando cenas de grande comoção. Na noite da última sexta-feira (03/11), o desabafo de um jornalista circulou o mundo.
Poucos minutos antes de entrar ao vivo na TV, Salman al-Bashir havia visto um colega jornalista ser morto ao lado da família. Mohammed Abu Hatab estava com a família quando o prédio foi bombardeado por Israel.
Leis internacionais determinam uma série de regras que deveriam valer mesmo em contexto de guerra, mas muitas dessas leis vem sendo ignoradas pelo estado de Israel, que alega estar atrás do Hamas.
Um dos pontos regidos por leis internacionais, por exemplo, diz respeito sobre a segurança e autonomia da imprensa. Isto é, jornalistas devem ser preservados em contextos de guerra.
Foi nesse contexto o forte desabafo de Bashir, enquanto a âncora do jornal não conseguiu conter as lágrimas. “Não aguentamos mais, estamos exaustos. Somos vítimas. Somos mortos um após o outro”, disse.
Abatido, Bashir retirou todo o equipamento de jornalismo, colete e capacete, e desabafou. O repórter afirmou que “não há proteção internacional, não há proteção para nada. Estes coletes e capacetes não protegem nenhum jornalista”.
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Bashir revelou não ter mais esperança de sair vivo de Gaza. Para o repórter, é apenas uma “questão de tempo”. Durante o desabafo, o repórter cobrou atenção internacional diante do que civis palestinos estão enfrentando.