Pelo menos 17 pessoas da mesma família foram mortas em ataque brutal enquanto dormiam

O caso chocante e envolto de mistérios segue sob investigação.

Um massacre ocorrido na madrugada do último dia 28 de setembro, deixou ao menos 17 pessoas de uma mesma família mortas em uma vila nos arredores de Lusikisiki, na Província do Cabo Oriental, África do Sul.

Os familiares estavam reunidos para uma cerimônia tradicional quando homens armados invadiram duas propriedades e abriram fogo contra as vítimas enquanto dormiam.

O episódio, descrito como um dos mais brutais da região, escancara o problema da violência armada no país e trouxe grande choque à comunidade local.

De acordo com informações da polícia, 13 pessoas foram assassinadas em uma das propriedades, onde, com exceção de uma vítima, todas eram mulheres. Entre os seis sobreviventes do ataque, está um bebê de apenas dois meses.

Outra vítima foi levada ao hospital em estado crítico. Na segunda propriedade, as quatro pessoas presentes também foram executadas. As autoridades iniciaram uma operação de busca pelos responsáveis, enquanto equipes de perícia e policiais trabalhavam nas cenas dos crimes.

A violência desse tipo tem se tornado cada vez mais comum no Cabo Oriental e em outras regiões do país, refletindo o aumento no número de tiroteios em massa na África do Sul nos últimos anos.

O ministro da polícia, Senzo Mchunu, afirmou que o massacre é uma prioridade para as forças de segurança e destacou o número alarmante de armas de fogo ilegais em circulação. Apenas nos últimos quatro meses, mais de 430 armas foram apreendidas pela polícia, incluindo rifles automáticos.

Lwando Nonkonyana, porta-voz do município local, expressou a consternação da comunidade, afirmando que nunca se havia presenciado algo tão brutal na região.

A presença de armas ilegais e as elevadas taxas de criminalidade, segundo as autoridades, são fatores que contribuem para a escalada de violência. “É um número intoleravelmente grande de pessoas que foram mortas”, disse Mchunu durante uma coletiva de imprensa, enfatizando a necessidade urgente de combater o problema.

Moradores de Lusikisiki se renem e realizam oraes aps ataque que deixou 17 mortos

A África do Sul enfrenta há anos altos índices de crimes violentos. Em janeiro de 2023, oito pessoas foram mortas durante uma festa de aniversário em Gqeberha, também no Cabo Oriental. Em abril do ano passado, dez pessoas foram assassinadas em uma casa nos arredores de Pietermaritzburg.

Em julho de 2022, ao menos 19 pessoas perderam a vida em tiroteios em bares, inclusive no bairro de Soweto, em Joanesburgo. Esses eventos revelam um padrão preocupante e evidenciam a dificuldade das autoridades em conter a violência armada.

As estatísticas mais recentes divulgadas pelo governo em agosto mostram um aumento nas taxas de homicídio em quatro das nove províncias do país. A violência armada tem sido apontada como um dos principais fatores para esse crescimento.

A comunidade de Lusikisiki agora lida com as consequências devastadoras desse massacre e aguarda por justiça e segurança em meio a um cenário de crescente insegurança no país.

Escrito por

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.